Racionalização e reestruturação do modelo de trabalho foram as alternativas encontradas pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso, Paulo Prado, para modernizar e aproximar a Instituição da sociedade. Ele palestrou no segundo dia do 1º Congresso Anual do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em Florianópolis.
Racionalização e reestruturação do modelo de trabalho foram as alternativas encontradas pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso, Paulo Prado, para modernizar e aproximar a Instituição da sociedade. Para definir a estratégia a ser adotada, o Ministério Público do Mato Grosso (MPMT) "colocou o pé na estrada" e foi ouvir a população. "Ser Promotor de Justiça nesse País é ser artista em face das dificuldades que enfrentamos", afirmou Prado, em palestra sobre a organização do MPMT, proferida no segundo dia do 1º Congresso Anual do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em Florianópolis. O evento termina no dia 15 de dezembro. O Procurador de Justiça Paulo Cezar Ramos de Oliveira presidiu a mesa durante a palestra.
Depois de grandes audiências realizadas pelo Estado, o Procurador-Geral do Mato Grosso descobriu que população mato-grossense queria um Ministério Público mais social, orientador, mediador, próximo, humano e combativo. "Mas como transformar as Promotorias em um pólo de cidadania com orçamento limitado?", questionou Prado, que ouviu como resposta que a alternativa seria a modernização. "Mas só poderíamos contar com o orçamento do custeio e do investimento. Partimos então para a racionalização e reestruturação do modelo de trabalho", lembrou o palestrante, que está em seu segundo mandato como Procurador-Geral de Justiça.
Como primeira medida para aumentar a produtividade na Instituição, o MPMT buscou levantar a auto-estima dos servidores. Para isso, instituiu bolsa de estudo de 50%, de modo a incentivá-los a fazer cursos de graduação, especialização e capacitação. "Como não tínhamos condições de conceder aumento instituímos, através de lei, verba de indenização, o auxílio-alimentação. O trabalhador a recebe, mas não pode faltar. Assim estimulamos a freqüência", explicou Prado.
Para melhorar o atendimento da demanda, o MPMT buscou parcerias e reorganizou o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Prado também deu mais visibilidade à Instituição, aproximando-a da sociedade: retirou as Promotorias de Justiça dos Fóruns e construiu sedes próprias e padronizadas. "Isso não é vaidade, pois trabalhamos até debaixo de árvores", afirmou o palestrante, explicando que também fortaleceu o elo com a sociedade por meio de campanhas institucionais. "Também mexemos na gestão de gastos. Só com a renegociação de contratos de telefonia móvel e celular reduzimos o nosso gasto em 60%", exemplificou.