Homem acusado pelo MPSC de matar a esposa e suposto amante é condenado a 26 anos de prisão
Desconfiado da traição, o réu primeiro matou o suposto amante, que era seu primo, e depois assassinou a esposa. Crimes ocorreram em maio de 2018, em Garopaba
Um homem acusado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em Garopaba por dois homicídios - da esposa e de seu suposto amante - foi condenado a 26 anos de prisão, em regime inicial fechado. A condenação foi em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Garopaba realizada nesta quinta-feira (17/3).
Os crimes aconteceram em maio de 2018, por volta das 9h da manhã, após o réu tomar ciência de um suposto relacionamento extraconjugal da esposa com outro homem - primo do acusado - e, inconformado com a possível traição e na posse de uma arma de fogo, resolveu por fim na vida dos envolvidos.
Primeiro, ele foi à obra onde o primo trabalhava como pedreiro e o atingiu com um tiro nas costas, dizendo as palavras "tu me traiu". Na sequência, deu mais dois tiros, outro nas costas e um na cabeça do suposto amante da mulher, causando sua morte.
Em seguida, foi para casa - situada a cerca de 200 metros do local de trabalho do primo - em busca da esposa. Lá chegando, lhe deu dois tiros na cabeça dela, que resultaram na morte da mulher.
Conforme sustentado pela Promotora de Justiça Symone Leite e pelos assistentes de acusação perante o Tribunal do Júri, o réu foi condenado pelos dois homicídios qualificados pelo motivo torpe e pela impossibilidade de defesa pelas vítimas. O homicídio da esposa foi qualificado, ainda, por tratar-se de feminicídio, uma vez que foi praticado no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
A pena de 26 anos deverá ser cumprida em regime inicial fechado. A sentença é passível de apelação, mas momo a pena é superior a 15 anos, em nome da soberania dos vereditos o Juízo do Tribunal do Júri da Comarca de Garopaba não concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.