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"Cuidado e acolhimento de pessoas que fazem parte de grupos vulnerabilizados". Este foi o tema do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para o evento em alusão ao Setembro Amarelo realizado nesta terça-feira (10/09), em Florianópolis.  A gravação das palestras ficará disponível no Canal do Youtube do MPSC. Clique aqui.   

O evento buscou dar visibilidade sobre a realidade de comunidades historicamente marginalizadas, como a população LGBTQIAPN+, pessoas negras, indígenas, idosas, com deficiência e em situação de rua, além daqueles afetados por eventos climáticos extremos.  

Na abertura, o Subprocurador-Geral de Justiça, Paulo Antonio Locatelli, representando o Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano falou sobre a importância do evento. "Atenção é tudo que a gente precisa ter para o nosso semelhante", disse. "Não podemos olhar só a questão individual, mas precisamos olhar todos os fatores sociais e aspectos ambientais que afetam a saúde mental e que pode ter como consequência o suicídio.  Precisamos olhar para a verdadeira inclusão e tratar as desigualdades sociais que podem impactar na saúde mental de comunidades LGBTQIAPN+, pessoas negras, indígenas, idosas, com deficiência e em situação de rua e tantos outros de vulneráveis", conclui Locatelli.  

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O Coordenador do Centro Operacional da Saúde Pública, Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins, explicou a importância da temática. "Para esse ano, diferente de anteriores, buscamos trazer as interseccionalidades para dentro dessa discussão e as determinantes sociais do sofrimento mental, que podem também impactar nos eventos de autolesão e de suicídio", afirmou.  

"Pensamos justamente em focar nessas construções sociais e nas vulnerabilidades que são construídas historicamente que impactam na ausência de saúde, na ausência de condições de vida digna, e que, por consequência, vão gerar sofrimento mental. São aspectos que não podem ser ignorados nesse fenômeno e na prática dos cuidados do acolhimento enquanto profissionais de saúde", explicou Martins.   

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Já a Presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), entidade parceira do evento, Deisy Mendes Porto falou sobre a união das instituições para tratar o tema. "Nós nos orgulhamos de saber que esse evento alcança as principais ações que precisam ser pensadas para redução do número de suicídio. Hoje, reunimos o Ministério Público, Secretaria de Saúde, Associação de Psiquiatria e Universidade, e conseguimos fazer um evento de capacitação, mas que acima de tudo trabalha em redução de estigma", afirmou.  

Ainda na abertura, o Secretário Adjunto da Secretaria Estadual de Saúde, Roberto Benetti, também destacou a importância do evento que desde 2016 é realizado no MPSC. "Esse tema é muito importante, mesmo que muitas vezes fique escondido da divulgação da mídia, precisamos falar sobre saúde mental. A iniciativa do MPSC é fundamental para a sociedade civil. Todo mundo precisa de ajuda e precisamos estar sempre atentos a todos os sinais, seja dentro das nossas casas, do nosso trabalho, com nossos amigos. Todo mundo pode ser ajudado e não precisa se sentir sozinho", reforçou.