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"A gente não quer só calçada! A gente quer calçada, diversão e arte". A frase criada a partir da música Comida, dos Titãs, foi o tema do encontro sobre acessibilidade e inclusão no lazer e no turismo, realizado na tarde desta quarta-feira (29/11) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Organizado pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), o evento foi marcado pelo lançamento de material informativo sobre requisitos de acessibilidade em contextos relacionados ao turismo e lazer, bem como orientações para um atendimento digno e respeitosos às pessoas com deficiência.

O material foi entregue em formato físico para os participantes do encontro e estará disponível em breve, em meio digital, no site do MPSC.

O evento contou com intérprete de libras e audiodescrição. Ao longo da tarde, foram realizadas uma roda de conversa sobre os direitos da pessoa com deficiência no âmbito do turismo, uma palestra sobre as normas técnicas de acessibilidade e, por fim, uma mesa sobre experiências de sucesso envolvendo turismo e lazer de pessoas com deficiência.

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A Coordenadora do CDH, Ana Luisa de Miranda Bender Schlichting relatou a importância da discussão do tema da acessibilidade para além da compreensão equivocada de que apenas calçadas, hospitais e órgãos públicos devem ser acessíveis. "Quando falamos de turismo, lazer e cultura, as barreiras são ainda mais frequentes, como se pessoas com deficiência precisassem apenas sobreviver e ter direito ao mínimo, quando, na verdade, elas devem usufruir de todos os espaços e experiências diversas da vida social", declarou.

Para Schlichting, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência são responsabilidade de todos e devem ser por todos resolvidas, tornando os espaços acessíveis a todas as pessoas. "A invisibilidade desse tema e a naturalização da ausência dessas pessoas nos espaços coletivos são fatores determinantes para que o poder público e o setor privado resistam em tornar esses ambientes acessíveis, encarando essa exigência legal como um 'problema de alto custo', quando, na verdade, é a solução para tornarmos nosso estado um local inclusivo e acolhedor", completou.