O Tribunal do Júri da Comarca de Içara condenou Vilmar Tomaz Machado à pena de 14 anos e 10 meses de reclusão, em regime integralmente fechado, por homicídio triplamente qualificado praticado contra sua irmã, Maria Aparecida Aguiar, na madrugada do dia 31 de maio de 2004. Por maioria de votos o Conselho de Sentença acatou os argumentos da acusação promovida pelo Promotor de Justiça Márcio Cota. A sentença foi proferida pelo Juiz de Direito Gustavo Emelau Marchiori no início da noite de segunda-feira (30 de janeiro).

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) demonstrou ao Tribunal do Júri que Machado agiu por motivo fútil e surpreendeu a vítima, não oferecendo chance para que a irmã se defendesse, asfixiando-a (qualificadoras). Segundo o relato do Promotor de Justiça, Machado estava embriagado quando bateu à porta da irmã pedindo uma blusa emprestada. Maria percebeu seu estado e preparou um café, oportunidade na qual disse ao irmão que não deveria chegar em sua casa naquele estado, quando os filhos pequenos estavam dormindo. O alerta da vítima desencadeou uma reação violenta do acusado, que imobilizou a irmã e a asfixiou utilizando as mãos em torno do seu pescoço, fugindo depois do local.

Condenação por tráfico

O Juiz de Direito Gustavo Emelau Marchiori também condenou, no dia 18 de janeiro, três acusados de tráfico de entorpecentes que foram presos em flagrante por policiais federais no dia 30 de novembro de 2004. Reginaldo Bezerra e Edimara Marcos dos Santos foram condenados à pena de quatro anos de reclusão e 66 dias-multa, e Ricardo Marcolino Ribeiro à pena de quatro anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, e 73 dias-multa. O regime fixado para os três é integralmente fechado e somente Edimara poderá recorrer da sentença em liberdade.

O Promotor de Justiça Márcio Cota demonstrou ao Judiciário que os três se associaram para o tráfico e foram presos em flagrante por policiais federais num posto de gasolina de Içara. No estabelecimento Ricardo Marcolino e Edimara aguardaram a chegada de Reginaldo Bezerra, que desceu de um ônibus proveniente de Foz de Iguaçu carregando aproximadamente 11 quilos de maconha escondidos nas paredes internas de duas caixas térmicas. A droga, segundo a denúncia, seria comercializada pelo casal que aguardava no posto.