Quatro caixeiros de Joinville são condenados na Comarca de Fraiburgo
Quatro integrantes de uma organização criminosa de Joinville acusados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) de furtar dinheiro de caixas eletrônicos em municípios do interior do estado foram condenados na Comarca de Fraiburgo. O grupo foi acusado de furtos em Monte Carlo e Vargem e de duas tentativas malsucedidas em Abdon Batista, todos realizados entre maio e julho de 2020.
A ação penal apresentada pelo Promotor de Justiça Eliatar Silva Junior, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Fraiburgo, tem por base as provas colhidas por investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Foi apurado que Claudemir Vicente, Rafael Vendramin, Oscar Jonas Zavodini e Joilson Calistro faziam parte da organização criminosa. Eles tiveram as funções bem definidas nos furtos praticados em agências de cooperativa de crédito nos municípios de Monte Carlo e Vargem.
Joilson ia na frente armado com uma espingarda calibre 12, virava as câmeras de segurança externas e fazia a cobertura para os demais integrantes. Em seguida, Oscar arrombava as portas da agência e inutilizava o alarme e as câmeras internas. Rafael abria os caixas eletrônicos com um maçarico com a ajuda de Claudemir, que também era o responsável pela coordenação do grupo. Assim, levaram cerca de R$ 100 mil da agência de Monte Carlo e R$ 35 mil da agência de Vargem.
Já em Abdon Batista, os criminosos não tiveram sucesso. Claudemir, Rafael e Joilson tentaram primeiramente furtar o caixa eletrônico de uma agência bancária. Como não conseguiram abrir a máquina, atravessaram a rua e tentaram fazer o mesmo na agência de uma cooperativa de crédito. Porém, o alarme disparou e eles precisaram fugir. Durante a fuga, ainda dispararam contra uma guarnição da Polícia Militar que tentou abordá-los.
Conforme sustentado pelo Ministério Público, os quatro denunciados foram condenados pelos crimes de organização criminosa e pelos furtos realizados em Monte Carlo e Vargem. Pelos crimes, Oscar foi condenado a 9 anos e 11 meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Rafael e Claudemir, condenados ainda pelas duas tentativas de furto em Abdon Batista, foram penalizados, respectivamente, a 12 anos e 2 meses e a 14 anos e 7 meses de prisão, ambos em regime inicial fechado.
Joílson recebeu a pena mais pesada, pois, além dos crimes de organização criminosa, furto e tentativa de furto, contra ele pesou também o porte ilegal de arma de fogo nos fatos ocorridos em Monte Carlo e Vargem. Ele recebeu a pena de 18 anos e 9 meses de reclusão, também em regime inicial fechado.
A sentença manteve a prisão preventiva dos quatro condenados, decretada na fase de investigação a pedido do Ministério Público. Dessa forma, eles não terão direito de recorrer da decisão em liberdade.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
19/11/20252º dia do Congresso de Direito Eleitoral aborda fragilidades e desafios de novo Código
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente