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29.05.2024

Projetos do MPSC levam conscientização e informação a estudantes em Criciúma

Ações dos programas Meu Lar Protetivo e Cultivando Atitudes despertam o interesse de jovens e adultos em temas como violência doméstica e cidadania através de palestras e entrega de kits.
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Os olhares atentos da estudante Letícia Goterra se dirigem ao centro da sala, onde as aulas de português e matemática deram espaço para a discussão de um tema também de grande importância: a violência doméstica. Quinzenalmente, representantes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), do Município de Criciúma e da Polícia Militar visitam escolas e abordam o tema por meio do programa Meu Lar Protetivo

"Achei muito importante tudo que foi dito: entender como denunciar, todos os tipos de agressão, saber o que fazer para não acontecer com nenhuma outra mulher. Eu já vi isso acontecer com pessoas que eu conheço e eu nunca tive como ajudar. Foi um alívio entender mais sobre isso", conta Letícia.

A última palestra ocorreu na escola Lili Coelho e foi direcionada aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). A parceria entre as três instituições já permitiu levar o tema a mais de dois mil alunos do oitavo e do nono ano e da EJA. Nos encontros, os estudantes têm a oportunidade de entender o que é violência, como as autoridades agem diante dos casos e como denunciar.

A coordenadora da EJA, Terezinha Vicente, acompanhou a conversa e destacou a importância da abordagem do tema. "Considero essa uma palestra muito importante. Já é a segunda vez que temos aqui na escola e a gente vê, após a palestra, a importância para os alunos, porque eles vêm conversar conosco sobre o que ouviram, sobre as situações, pedem mais informações, contam que vão tomar providências. São informações de muita relevância na vida desses alunos, que já estão em ambientes de vulnerabilidade social, que presenciam, muitas vezes, essas situações de violência e, quando eles ouvem que pode ser diferente, eles têm um outro olhar e a possibilidade de pedir ajuda", explica.

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Cultivando Atitudes

Além do alerta sobre violência doméstica, a estudante Letícia levou para casa uma semente de conscientização. Cada aluno recebeu um kit do programa Cultivando Atitudes, ação do MPSC também direcionada aos alunos de todo o estado. O programa foi minuciosamente formatado para que Promotores de Justiça possam interagir com jovens e crianças em sala de aula com a promoção de debates sobre problemas sociais, repassando aos alunos noções de cidadania e informações acerca da atuação do Ministério Público.

Durante a conversa, os alunos receberam o material contendo um kit com mochila ecológica, marca-páginas com mensagens do projeto, folders que explicam as atividades do MPSC, um estojo e um lápis-semente. Nos vários modelos de lápis-semente, estão impressas frases de incentivo à cidadania. Na ponta, sementes de plantas frutíferas que podem ser plantadas pelos alunos depois que o lápis acabar. "Adorei esse kit, tudo muito interessante. Vou plantar assim que chegar em casa e cuidar para descobrir que plantinha é essa que veio no meu lápis", completa Letícia.

O Promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini, titular da 12ª Promotoria de Justiça de Criciúma, responsável pela palestra e entrega dos kits, ressalta a importância das atividades. "Acreditamos que a conscientização destes jovens e a ampliação das ações de prevenção são instrumentos fundamentais no combate à violência doméstica e na proteção às vítimas. Esta crença é compartilhada pelos órgãos parceiros, a Polícia Militar e o Município de Criciúma. Nesta interação positiva, conseguimos levar o Cultivando Atitudes e o Meu Lar Protetivo às escolas municipais", afirma.

O projeto Cultivando Atitudes é coordenado pelo Grupo de Valorização da Ética e da Cidadania (GVEC) do MPSC, recentemente reativado pelo Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano. O grupo tem o propósito de promover a educação e conscientização acerca de valores e temas relevantes ao convívio social, bem como promover a melhor compreensão das pessoas em relação à atuação do Ministério Público catarinense.



Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social - Correspondente Regional em Criciúma