27.06.2005

MPSC é convidado para relatar experiência implementada na área cível para membros do MPRJ

Depois que membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) visitaram todos os Ministérios Públicos estaduais, o de Santa Catarina (MPSC) foi convidado para relatar a experiência, implementada há cerca de seis meses, que vem resultando na racionalização da intervenção ministerial no processo civil.
Depois que membros do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) visitaram todos os Ministérios Públicos estaduais, o de Santa Catarina (MPSC) foi convidado para relatar a experiência, implementada há cerca de seis meses, que vem resultando na racionalização da intervenção ministerial no processo civil. Na avaliação dos integrantes do MPRJ, o MPSC demonstrou eficiência no equacionamento da questão e alcançou avançado estágio no processo de  mudança da forma de atuação institucional.

O tema foi abordado pelo Diretor do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do MPSC, Procurador de Justiça José Galvani Alberton, durante o simpósio "Indispensável Reengenharia do Ministério Público - Eficácia Institucional e Eficiência Administrativa", realizado dia 24 deste mês pelo MPRJ. O Coordenador da Procuradoria Cível, Procurador de Justiça Antenor Chinato Ribeiro, também participou, como convidado, do evento, na cidade do Rio de Janeiro.

Alberton relatou aos membros do MPRJ que a experiência implementada em Santa Catarina pode resultar, por exemplo, na redução de cerca de 30% no volume de processos distribuídos às Procuradorias de Justiça da área cível, conforme foi constatado no período de janeiro a maio deste ano, e possibilitar, ainda, a construção de um novo desenho no modelo operacional das Promotorias de Justiça. O outro palestrante convidado foi o Procurador de Justiça Antonio Augusto Mello de Camargo Ferraz, de São Paulo, que falou sobre os aspectos teóricos da intervenção ministerial no processo civil.

A abordagem de Alberton sobre o tema foi baseada em dois argumentos. O primeiro, de natureza jurídico-institucional, partindo do pressuposto que o Ministério Público tem um compromisso com a sociedade e, para resgatá-lo com eficiência, tem que adotar uma política de resultados. Como exemplo, o Diretor do CEAF destacou a experiência do MPSC com a implementação de programas, como o "Lixo Nosso de Cada Dia" "Combate à Evasão Escolar - APÓIA", nas áreas do meio ambiente e da infância e juventude, respectivamente.

O segundo argumento, de cunho jurídico, foi a mudança do papel institucional com a promulgação da Constituição de 1988. Conforme Alberton, com a nova Carta Magna, "o Ministério Público passou a ser um órgão predominantemente 'agente' e não interveniente". Seu compromisso, estabelecido pela Constituição Federal, é defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. "Em função desse dispositivo constitucional é necessário reinterpretar o artigo 82 do Código de Processo Civil (CPC)", afirmou o Diretor do CEAF.

Visita ao MPSC - Para conhecer a experiência do MPSC no processo de racionalização da intervenção ministerial no processo civil, os Procuradores de Justiça Heloísa Maria Daltro Leite, Marcelo Daltro Leite e Talma Prado Castello Branco Junior, do MPRJ, estiveram em Florianópolis no dia 19 de abril. Eles fazem parte do grupo encarregado de elaborar propostas de reengenharia da atuação do MPRJ e que visitou os Ministérios Públicos estaduais de todo o País.

Os membros do MPRJ foram recebidos pelo Subprocurador-Geral de Justiça, Narcísio Geraldino Rodrigues; o Diretor do CEAF e o Coordenador da Procuradoria Cível.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social