MPSC denuncia organização criminosa que conseguiu quase R$ 3,3 milhões em golpes em 26 cidades nos três estados do Sul
Um grupo de quatro pessoas foi denunciado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó após as investigações constatarem que os dois homens e as duas mulheres teriam faturado, de forma ilegal, quase R$ 3,3 milhões em golpes contra consumidores e empreendedores de 26 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Os quatro foram denunciados pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a denúncia, o esquema criminoso teria ocorrido de abril a julho de 2020. Basicamente, o grupo atuava da seguinte forma: por meio de uma franquia, vendia produtos em lojas e pela internet a preços bem abaixo da concorrência; com isso, conseguia um grande número de clientes que pagavam antecipadamente pelos produtos; assim, também conseguiam chamar a atenção de interessados em investir na franquia; a maior parte dos produtos e dos serviços da franquia não eram entregues, o que gerava grandes lucros ilícitos ao grupo; com o dinheiro, o grupo abria outra franquia, em outro ramo, e repetia os golpes.
Como explica o Promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira na denúncia, os golpes começaram com a franquia KingPhone, que vendia aparelhos celulares de marcas e modelos "top de linha" pela metade do preço de mercado, em lojas e pela internet. Esse valor só era ofertado aos clientes que pagassem adiantado e à vista pelo produto, sob a promessa de que seria entregue após a encomenda, o que não acontecia na maioria das vezes.
Parte do dinheiro obtido pela KingPhone teria sido aplicada em outra franquia, a KingGold, do ramo de joias e semijoias, que iria replicar o mesmo modelo, mas os grupo conseguiu vender apenas algumas lojas antes de o esquema ser desbaratado.
Com os ganhos ilegais dessas duas franquias, o homem que foi identificado como o chefe da organização criminosa teria aberto uma concessionária de veículos, a KingCars Master, com o objetivo principal de comercializar os carros para lavar o dinheiro dos golpes.
As sedes das franquias e da concessionária ficavam em Chapecó, mas, além desse município, as lojas atuavam em Cascavel, Ampére, Maringá, Curitiba, Toledo, Pato Branco, Londrina, Palmas e Realeza, no Paraná; Xanxerê, Rio do Sul, Chapecó, Concórdia, Blumenau, Florianópolis, Araranguá, Tubarão, Joaçaba, Balneário Camboriú e Lages, em Santa Catarina; e Sananduva, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Maria e Ijuí, no Rio Grande do Sul.
Rádio MPSC
Ouça a entrevista completa com o Promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira, responsável pelo caso.
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