14.10.2010

"MP como fonte de notícias" reúne 50 estudantes, jornalistas e representantes de entidades em Rio do Sul

Durante cerca de três horas, os participantes tiraram dúvidas sobre a atuação e as funções das Promotorias de Justiça e quando o cidadão deve levar seu problema ao Ministério Público. A oficina segue nesta quinta-feira para Blumenau.
Cerca de 50 estudantes de jornalismo da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi), profissionais da imprensa e representantes de entidades da região participaram da oficina "MP como fonte de notícias", em Rio do Sul. O encontro, que ocorreu na Unidavi, iniciou por volta das 19 horas e terminou próximo das 22 horas, desta quarta-feira (13/10).

Durante a oficina foram esclarecidas dúvidas sobre quando é o caso de o cidadão levar seu problema ao Ministério Público, como as Promotorias de Justiça estabelecem prioridades com uma grande demanda, como atuam as Promotorias e quais suas funções nas diversas áreas de atribuição, e como os jornalistas podem obter informações da Instituição para elaborar suas reportagens no dia a dia.
No início da oficina o Coordenador do curso de Jornalismo da Unidavi, Professor Sandro Waltrick, apresentou os cinco Promotores de Justiça que participaram do evento. Os Promotores Fabrício Franke da Silva e Marcelo Mengarda explicaram, no início da oficina, as atribuições das Promotorias, a estrutura do MP na Comarca de Rio do Sul e falaram sobre o relacionamento entre o Ministério Público e a imprensa.
"Nós prezamos muito pelo trabalho do jornalista. Em qualquer área que o MP atue hoje é muito importante que o cidadão esteja bem informado. E esse encontro é muito importante para aperfeiçoar a relação", disse Marcelo Mengarda. "Hoje temos aqui uma demonstração da importância da imprensa para divulgar a atuação do Ministério Público", destacou o Promotor Ernani Dutra, que também lembrou da história do Promotor de Justiça, que até 1983 era "Promotor público", com atuação essencialmente na acusação criminal, e que teve a ampliação de suas funções consolidada pela Constituição Federal de 1988.
A Promotora de Justiça Havah Emília Piccinini de Araújo Mainhardt também falou sobre as atribuições de sua Promotoria e afirmou estar à disposição para o atendimento aos jornalistas. A Promotora de Justiça Rejane Gularte Queiroz Beilner, de Ituporanga, lembrou das dificuldades de conciliação do tempo do jornalista para produzir uma notícia e do tempo do Promotor para atendê-lo.
Por isso sugeriu aos participantes um planejamento, quando forem realizadas matérias especiais, que possa contemplar uma conversa mais aprofundada com o MP. "Com mais tempo, isso vai nos permitir receber os profissionais da imprensa e municiá-los melhor e com mais informações", explicou Rejane.  "A duração e a participação evidenciam a relevância e a pertinência deste evento. Esse encontro está entre os mais produtivos que eu pude presenciar", afirmou ao final da oficina o Coordenador do curso de Jornalismo da Unidavi, professor Sandro Waltrick.
GUIA DO MP
No encontro, foi distribuído o "Guia do Ministério Público - um manual para a Imprensa e a Sociedade", uma publicação elaborada pela Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC. Com linguagem acessível e de fácil compreensão, o manual faz parte de um projeto do Ministério Público de Santa Catarina que visa a educação para a cidadania, juntando-se aos vídeos institucionais que tratam dos direitos do cidadão e da atuação do Ministério Público. Aliás, os vídeos já produzidos pela instituição foram gravados em DVD que foi integrado ao guia.
O projeto englobando as oficinas para a imprensa, o guia do Ministério Público e os vídeos institucionais foi classificado em segundo lugar no 8º Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, na categoria "Relacionamento com a Mídia". O concurso é organizado pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça, que reúne os assessores de comunicação social que atuam no sistema brasileiro de Justiça.
Desde dezembro do ano passado, a oficina já passou por Florianópolis, Chapecó, Joinville, Itajaí, Criciúma, Mafra, Lages, Joaçaba, Caçador e Curitibanos. Já participaram da oficina cerca de 150 estudantes de comunicação social, direito e outros cursos, lideranças comunitárias e profissionais da imprensa.
Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC