27.05.2008

Ministério Público encaminhará adolescentes em situação de risco para programa de formação profissional

Até janeiro de do ano que vem, 163 adolescentes devem ser encaminhados ao Programa Jovem Aprendiz da Celesc. O termo de cooperação foi assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Gercino Gerson Gomes Neto, e o Presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira, no dia 15 de abril.
Até janeiro de do ano que vem, 163 adolescentes que vivem em situação de risco social devem ser encaminhados pelo Ministério Público de Santa Catarina ao Programa Jovem Aprendiz da Celesc. O termo de cooperação entre o MPSC e a estatal foi assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Gercino Gerson Gomes Neto, e o Presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira, na tarde desta terça-feira, 15 de abril, na sede da empresa, em Florianópolis. O compromisso também assegura que pelo menos 5% das vagas do programa devem ser destinadas a jovens que moram em abrigos (instituições onde vivem crianças e adolescentes que, para serem protegidas, são afastadas de suas famílias ou comunidades).
O programa hoje atende a 55 jovens, que trabalham na administração central e em agências regionais da Celesc da Grande Florianópolis. Com o Termo de Cooperação firmado esta tarde, o projeto atingirá mais 11 agências regionais da estatal nas comarcas em que as Promotorias de Justiça da Infância e Juventude contam com serviços de assistência social. Os jovens que participam do projeto recebem meio salário mínimo, fundo de garantia, vale-alimentação e vale-transporte, mas, o principal, é o aprendizado profissional.

Cooperação garante justiça na seleção dos candidatos

Na cerimônia de assinatura, o Procurador-Geral de Justiça, Gercino Gerson Gomes Neto, lembrou um episódio que ocorreu quando ele era Promotor de Justiça da Infância e Juventude e ilustra bem a situação do jovem abrigado que não tem a oportunidade de aprender uma profissão no período em que vive sob a proteção do Estado. Gercino contou que três jovens vieram a Florianópolis, de táxi e, como estavam sem dinheiro para pagar a corrida, foram encaminhados ao Juizado da Infância e Juventude. Lá, eles contaram que viviam em um abrigo em Joinville e, como estavam quase completando 18 anos, logo ficariam sem onde morar. "Os três não sabiam uma profissão e nem tinham como se sustentar fora do abrigo, eles procuravam ajuda."

O Promotor de Justiça da Infância e Juventude, Gilberto Polli, explicou que a colaboração do Ministério Público de Santa Catarina irá facilitar a identificação dos jovens mais necessitados de atendimento: "o serviço de assistência social das Promotorias de Infância e Juventude, e os Promotores de Justiça, têm maior acesso à situação dos adolescentes que vivem sob situação de risco social, que estão mais vulneráveis."

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social