Liminar obriga a demolição de residências em área de preservação ambiental em Bombinhas
A supressão de vegetação nativa e a construção irregular de residências próximas a curso d'água na cidade de Bombinhas foram alvo de Ação Civil Pública do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que teve liminar deferida pela 2ª Vara da Comarca de Porto Belo. A decisão obriga Fernando Manoel Rocha a demolir todas as edificações construídas sem licenciamento ambiental, no final da Rua Pescada Amarela, no prazo de 90 dias, sob pena de demolição compulsória.
A demolição compulsória ocorrerá se o proprietário não apresentar a licença ambiental para a construção. Caso não seja apresentada a documentação solicitada sobre o imóvel, o Poder Público fará a demolição das residências e a cobrança do serviço será incluído em dívida ativa.
De acordo com a decisão, o requerido deverá elaborar, no prazo de 120 dias, o Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD). Caso ocorra o descumprimento da medida, será cobrada multa diária de R$ 500, limitada ao valor de R$ 10 mil, a ser revertida em favor do Fundo Estadual de Restituição de Bens Lesados (FRBL).
Na ação que foi ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto Belo, a Promotora de Justiça Lenice Born da Silva ressalta que "para a intervenção em área de mata atlântica, seja na hipótese de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, deve o interessado elaborar o Estudo Prévio de Impacto Ambiental, ao qual se dará publicidade, assegurada a participação pública, o que também não foi feito".
A Polícia Militar Ambiental e a Fundação de Amparo ao Meio Ambiente (FAMAB) constataram o corte de vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, que atingiu uma área de 120m², bem como a construção de duas casas, a menos de cinco metros do curso d'água, sem qualquer tipo de autorização ou licenciamento.
Sobre os imóveis construídos próximos a cursos d'água, a Promotora de Justiça frisou que "o requerido suprimiu vegetação para viabilizar as edificações, tudo sem o devido licenciamento ambiental, além de não recuperar a área degradada, sendo, portanto, responsável pelo prejuízo ecológico causado".
Últimas notícias
19/11/2025MPSC garante condenação de integrante de facção a 19 anos por homicídio qualificado
19/11/2025Exposição “Tramas e Formas” é inaugurada na Biblioteca do MPSC
19/11/2025“Mais dignidade”: com atuação do MPSC, banheiros públicos em Criciúma passarão a ser acessíveis para pessoas ostomizadas
19/11/2025MPSC atua para eliminar riscos à saúde por uso indevido de agrotóxicos em morangos
19/11/2025MPSC aciona empresa do setor de moda on-line por manter consumidores sem informação após falência
19/11/2025Ministério Público cobra melhorias estruturais no CEDIN Verde Vale e ajuíza ação contra o Município de Itajaí
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente