14.04.2008

Lançamento nacional da campanha contra a corrupção lotou auditório do MPDFT, em Brasília

Lançamento nacional da campanha "O que você tem a ver com a corrupção?" lotou o auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em Brasília (DF), no dia 16 de março. Cerca de 500 pessoas participaram do evento.

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A campanha "O que você tem a ver com a corrupção?" foi lançada nacionalmente no dia 16 de março de 2008 pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), no auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em Brasília (DF). Cerca de 500 pessoas participaram do evento, entre elas Procuradores, Promotores, Magistrados, Presidentes de Associações, Advogados, Parlamentares, crianças e adolescentes. Os Procuradores-Gerais de Justiça de todo o País e 27 Presidentes das Associações do Ministério Público dos Estados também estavam presentes, entre eles o Procurador-Geral de Justiça de Santa Catarina, Gercino Gerson Gomes Neto, e o Coordenador da campanha, Promotor de Justiça catarinense Affonso Ghizzo Neto.

Diante de um auditório lotado, o ator Milton Gonçalves, que foi o mestre de cerimônias do evento, apresentou o projeto, que prevê a realização de passeatas, shows, peças de teatro e concursos para alunos de escolas públicas e particulares sobre o tema "O que você tem a ver com a corrupção?". Também será distribuída uma cartilha em escolas e locais com grande circulação de pessoas, explicando que a corrupção existe em vários níveis e, por isso, todos podem combatê-la.
Imagens do lançamento:
(Crédito das fotos: José Evaldo Vilela/MPDFT)

1 - Atores aderem à campanha
2 - Coordenador, Affonso Ghizzo Neto | 3 - Ator Milton Gonçalves
No lançamento, o Presidente da Conamp, José Carlos Cosenzo, fez duras críticas a quem pratica a corrupção, lembrando que atos ilegais prejudicam toda a sociedade e, por isso, precisam ser combatidos por todos.

"Não podemos mais fechar os olhos à corrupção que campeia desenfreada, provocando escândalos e mais escândalos. Para a sociedade, a corrupção é um fenômeno que causa prejuízos irreversíveis no âmbito coletivo, para favorecer ilegalmente alguns indivíduos. A corrupção subtrai direitos, tira oportunidades, fecha as portas dos serviços públicos e, de forma trágica, deixa os ladrões ricos cada vez mais opulentos e os pobres cada vez mais pobres. Mais que se apropriar ilicitamente de bens materiais, o corrupto é o verdadeiro ladrão de sonhos, sonhos de paz, alegria e de um futuro melhor", afirmou.

Na opinião de Cosenzo, o melhor caminho para o combate à corrupção desenfreada é a educação da população brasileira. "É fundamental a adoção de uma postura de educadores. Sim, educar e conscientizar. Educar desde a infância, demonstrando que a corrupção pode deformar personalidades em formação. Ensinar que pequenos desvios de comportamento, como furar filas, deixar de restituir bens que não nos pertencem, levar vantagem quando a regra é a igualdade, pode ser o caminho para a corrupção", disse o presidente da Conamp.

A importância da ética desde os pequenos atos também foi lembrada pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra. Segundo ele, não só os agentes públicos e políticos são responsáveis pela a corrupção. "A corrupção tem que ser vista não como uma coisa alheia. O grande ato de corrupção começa com pequenos atos, como furar a fila e lucrar no troco. Esses pequenos atos criam uma mentalidade corrupta. É preciso acabar com eles", disse Bandarra.
Atores e esportistas aderem à iniciativa

Os atores José Wilker, Murilo Rosa e Armando Babaioff, e o atleta Alberto Bial, também participaram do lançamento. Eles aderiram ao projeto da Conamp e se comprometeram a divulgar a idéia em todo o País. "Cada um de nós é responsável por coibir o que acha que está errado. Não posso me calar diante de um ato que considero desonesto, senão também estarei sendo desonesto", disse José Wilker durante o evento.

Murilo Rosa também cobrou o empenho da sociedade no combate à corrupção. "A única forma do País crescer é combatendo a corrupção. Com todo mundo roubando, não dá, não tem como. Todos os cidadãos deveriam cobrar mais. Falta indignação ao povo brasileiro. As pessoas agüentam caladas", destacou o ator.

Ainda durante o lançamento, foram assinados termos de cooperação com a Associação dos Membros dos Tribunais de Conta do Brasil - ATRICON, Associação Brasileira de Tribunais de Contas Municipais - ABRACOM, Instituto Rui Barbosa e com a Escola de Administração Fazendária - ESAF. As associações agora também são parceiras do projeto "O que você tem a ver com a corrupção?". Já apóiam a iniciativa a Rede Globo, Companhia Vale do Rio Doce, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas - CNDL, Instituto Innovare, Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, Confederação Maçônica do Brasil e a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino - CONFENEN.

O projeto
"O que você tem a ver com a Corrupção?" é um projeto criado para atingir principalmente as crianças e adolescentes, mas acabou sensibilizando as diferentes camadas da população em Santa Catarina, Estado onde a campanha nasceu, em 2004. Atualmente a campanha é desenvolvida pela Conamp, em parceria com o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça - CNPG. Em Santa Catarina, a campanha conta com a parceria da Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP), do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Instituto Rui Barbosa, do Governo do Estado, da União dos Vereadores de Santa Catarina (Uvesc) e da Assembléia Legislativa.
A aceitação da mensagem, que inicialmente era veiculada apenas no município de Chapecó, no Oeste catarinense, se deve justamente à conscientização de que a corrupção não é um problema apenas da classe política ou da administração pública. O projeto tem caráter educativo e busca conscientizar a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, a partir de um diferencial, que é o incentivo à honestidade e transparência das atitudes do cidadão comum, destacando atos rotineiros que contribuem para a formação do caráter.

O caminho proposto pela campanha é um processo cultural de formação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos, a partir de três tipos de responsabilidades: a responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade individual (estou fazendo a minha parte no meu dia-a-dia?) a responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva (estamos cobrando individual e coletivamente a efetiva apuração e punição de corruptos e corruptores? Estamos efetivamente contribuindo para o fim da impunidade?), e a responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente.

Além do objetivo preventivo por meio da educação, o projeto tem como escopo estimular as denúncias populares dos atos de corrupção, não importando o maior ou menor grau de lesão à população. Com isso, cria-se um canal direto entre a sociedade e o Ministério Público Brasileiro, facilitando a apuração dessas condutas. Para isso, os portais dos Ministérios Públicos nos Estados abrirão um link pelo qual qualquer pessoa poderá preencher um formulário para denunciar casos suspeitos de corrupção.
Fonte do texto:
Assessoria de Comunicação da Conamp
imprensa@conamp.org.br | (61) 3225-1353 | (61) 8135-0944
Fonte: 
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