Júri condena assassino de Alessandra Medeiros, morta em tiroteio, a 22 anos de reclusão
O Tribunal do Júri da Comarca da Capital condenou a 22 anos de reclusão o servente de pedreiro Edmilson Costa Gonçalves, conhecido pelo apelido de "Milico", por homicídio qualificado de Alessandra Medeiros e por tentativa de homicídio qualificado praticado contra Júlio César Pereira de Brito, o Juninho, e contra Diogo de Oliveira Diuarte, conhecido como Dioguinho, em 31 de dezembro de 2003 no bairro Capoeiras, em Florianópolis.
Alessandra estava grávida e foi alvejada durante tiroteio entre a gangue de Milico e a gangue de Juninho e Dioguinho, na disputa pelo ponto de tráfico. O tiroteio ocorreu à luz do dia, por volta de 15 horas, no meio da rua e com a presença de populares, entre eles, muitas crianças. Alessandra foi morta enquanto protegia sua filha.
O conselho de sentença considerou válidos os argumentos da acusação promovida pela Promotora de Justiça Vanessa Cavallazzi Gomes. Para ela, ao promover tiroteio em plena via pública, à luz do dia, em meio aos moradores do Bairro Capoeiras, Edemilson e seus comparsas assumiram o risco de matar uma pessoa inocente. A defesa, a cargo do Advogado Francisco Campos Ferreira, procurou demonstrar a impossibilidade de se atribuir precisamente a autoria do disparo que causou a morte de Alessandra. Em vista disso, alegou que Milico não era culpado. "Não importa se a bala foi disparada por ele. Ao participar de um tiroteio em plena rua o acusado assumiu o risco de cometer um homicídio e é responsável pelo crime", afirmou a Promotora de Justiça.
O julgamento, ocorrido em 30 de novembro, foi presidido pelo Juiz de Direito Luiz César Schweitzer. Por duas vezes a sessão foi adiada anteriormente. Outros dois integrantes das gangues - Juninho e Dioguinho -, que escaparam do tiroteio, deverão ser levados a julgamento por tentativa de homicídio qualificado.
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