Julgamento de acusados da morte de funcionária pública na Capital terá recurso especial para proteção de testemunhas
Devido à insegurança que o crime gerou nas comunidades do Morro da Caixa, onde residia Mara, e da Nova Descoberta, região dos réus, as três testemunhas de acusação vão depor cobertas por capuz e vestimentas, de modo que não possa ser reconhecida nem mesmo a cor de suas peles. Será o primeiro julgamento em Florianópolis com este recurso, previsto em normativa do Tribunal de Justiça criada em 2003 para assegurar proteção às testemunhas (Provimento nº 14/03). O público e os réus serão retirados da sessão para estes depoimentos, que só poderão ser presenciados pelo corpo de jurados, Juiz de Direito, Promotoria de Justiça e defesa dos acusados. A segurança no Fórum também será reforçada durante o julgamento.
Funcionária do Hospital Universitário, Mara foi morta a tiros nas proximidades da rua General Vieira da Rosa, nove meses depois de testemunhar contra o réu I.V.S.C. e um adolescente, aos quais atribuiu a autoria da morte de seu filho, Rafael Barbosa. O rapaz foi morto também a tiros, na manhã do dia 20 de agosto de 2003, quando se deslocava para o trabalho pela rua Crispim Mira. Sua mãe denunciou que I.V.S.C. e o adolescente haviam ameaçado matar Rafael Barbosa, motivados por rixas envolvendo gangues rivais das comunidades da Nova Descoberta e do Morro da Caixa.
O Promotor de Justiça César Augusto Grubba vai requerer a condenação dos quatro réus por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe (Mara era testemunha de acusação de um crime) e por recurso que impediu a defesa da vítima (ela foi surpreendida pelos acusados). O Júri será presidido pelo Juiz de Direito Luiz Cesar Schweitzer e o assistente da acusação será o Advogado Carlos Rodolpho Glavam Pinto da Luz. O MPSC já denunciou Ivan Coelho ao Judiciário pela morte de Rafael Barbosa, mas sua prisão preventiva foi decretada no processo pelo homicídio de Mara, ocorrido depois. Como a legislação prioriza o julgamento de casos nos quais os réus estão presos, o acusado primeiro será julgado pela morte da funcionária pública, que motivou sua prisão.
Observação : após o julgamento, foram suprimidos desta notícia os nomes dos réus absolvidos
Leia notícia sobre o resultado do julgamento:
- Réu acusado por homicídio na Capital é condenado a seis anos de reclusão (notícia de 19.05.2006)
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