Jovens de Jaraguá do Sul concluem formação pelo programa Trabalhando Juntos e estão prontos para o mercado de trabalho
O dia 12 de junho de 2025 ficará marcado na vida de 30 jovens, com idades entre 14 e 20 anos. Após 10 dias de muito aprendizado, chegou o momento da formatura no Programa de Iniciação ao Trabalho (PIT), uma iniciativa do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE/SC), em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
O evento, que integra as atividades do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho, foi realizado na tarde de quinta-feira (12), na sede do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS).
Os formandos são participantes do projeto Trabalhando Juntos, do MPSC, que promove a iniciação profissional de jovens entre 14 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social. O programa também oferece capacitação e promove a inserção desses adolescentes no mercado de trabalho.
Vinicius do Carmo de Carvalho Santos, de 15 anos, compartilhou sua experiência: "Participar desse curso foi uma sensação diferente. Eu, que nunca gostei muito de conversar com outras pessoas, consegui abrir novos caminhos. Essa experiência mudou meu jeito de olhar. Espero, daqui para frente, evoluir, buscar conhecimento e aprender com meus erros para estar cada vez mais capacitado e, assim, contribuir mais com o nosso Brasil".
Os 30 jovens concluíram 60 horas de formação técnica e comportamental, com foco na preparação para o mundo do trabalho, por meio da inserção segura na socioaprendizagem ou em estágios supervisionados. Eles foram encaminhados ao programa pela rede socioassistencial e representam diversas regiões de Jaraguá do Sul.
O Promotor de Justiça Rafael Meira Luz, titular da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaraguá do Sul, com atuação na área da Infância e Juventude, destacou que "essa formação, que integra o programa Trabalhando Juntos, é um momento muito especial. A Promotoria da Infância se sente honrada em participar dessa etapa importante na vida desses jovens, que agora começam a projetar novas oportunidades e mudanças de vida. Ele também ressaltou a alegria de ver os jovens com um brilho diferente no olhar, superando dificuldades e buscando novas perspectivas.
Durante a cerimônia, os alunos relataram suas experiências e aprendizados. Antonny Pietro Santiago Feitoza, também de 15 anos, contou que aprendeu, entre outras coisas, que existem cinco tipos diferentes de aperto de mão, e que cada um transmite uma mensagem distinta. "Tudo o que aprendi aqui pode me ajudar no futuro. Quero continuar me aprimorando, fazer outros cursos e evoluir cada vez mais", afirmou.
A professora Rosane Vera, responsável por ministrar e orientar o PIT em Jaraguá do Sul, comentou: "Após o curso, os alunos demonstram vontade de ingressar no mercado de trabalho. Espero que aproveitem o que aprenderam no PIT e continuem evoluindo com mais amor, empatia e resiliência".
O Presidente do Conselho de Administração do CIEE/SC, Luiz Carlos Floriani, também destacou a importância da iniciativa: "Este foi mais um momento significativo. Com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina, conseguimos preparar esses 30 jovens para a cidadania, a vida e o mercado de trabalho. Daqui a alguns anos, serão eles que ditarão os rumos das nossas cidades".
A cerimônia contou ainda com a presença da Juíza de Direito da Vara da Infância, Juventude e Anexos, Daniela Morelli; do Juiz do Trabalho e Gestor Auxiliar do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, Rogério Barbosa; e do presidente da CDL de Jaraguá do Sul, Paulo Roberto Schwarz.
Sobre o programa
O programa Trabalhando Juntos tem como objetivo orientar e sensibilizar empresas sobre a obrigatoriedade da contratação de jovens aprendizes, conforme estabelece a Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000). As Promotorias de Justiça aderem ao programa e implementam as ações nos municípios onde atuam.
Inicialmente, a Promotoria articula com a Secretaria de Assistência Social a identificação de adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, em acolhimento familiar ou institucional, ou em situação de evasão escolar, que estejam aptos a participar do projeto. Em seguida, realiza-se um trabalho de sensibilização com empresários locais para promover a adesão ao programa e a destinação de vagas a esse público.
Os jovens são convidados a participar de oficinas socioeducativas em entidades parceiras, onde aprendem conteúdos essenciais para o ingresso no mercado de trabalho, como economia pessoal, trabalho em equipe, elaboração de currículo, comportamento no ambiente profissional, entre outros. Ao final do curso, com duração de dois meses e meio, os participantes são encaminhados a vagas de aprendiz em empresas parceiras.
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