Em Barra Velha, quatro réus são condenados por dois homicídios triplamente qualificados
O Conselho de Sentença acatou integralmente a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para que quatro réus fossem condenados por dois homicídios triplamente qualificados por motivo torpe, fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e corrupção de menores, por matarem um homem e sua namorada. Dois deles também foram condenados por pertencerem a uma facção criminosa.
Vanderlei Junco Gonçalves, Fabrício dos Santos, Daniel Moreira da Silva e Guilherme da Silva Santos cometeram os homicídios contra André Luis e Gabriela por dívida contraída por tráfico de drogas e por André Luis ter supostamente descumprido regras da facção criminosa e participar de um outro homicídio sem autorização dos chefes da facção. Os condenados ainda induziram uma menor de idade à época, a participar dos crimes, atraindo as vítimas para o local ermo onde foram mortas com três tiros cada, um deles na nuca.
A sentença
Pelos homicídios de André Luis Klaumann e Gabriela Roedel, corrupção de menores e por integrar organização criminosa, o réu Vanderlei Junco Gonçalves foi condenado a 48 anos, dez meses e vinte dias de reclusão.
Fabrício dos Santos, condenado nos mesmos crimes, teve a pena de 43 anos, cinco meses e dez dias de reclusão.
Daniel Moreira da Silva foi condenado a 33 anos de reclusão e Guilherme da Silva Santos a 29 anos de reclusão, na medida em que já haviam sido condenados por organização criminosa em outro processo,
O Promotor de Justiça Renato Maia de Faria atuou no Tribunal do Júri representando o MPSC, enquanto a Promotora de Justiça Roberta Trentini Machado Gonçalves foi responsável pela denúncia que levou os réus à condenação.
Como ocorreram os crimes
De acordo com a denúncia do MPSC que levou a condenação dos réus, no dia 15 de junho de 2020, na Rodovia SC-415, que liga os municípios de São João do Itaperiú e Barra Velha, os quatro condenados mataram André Luiz com quatro disparos de arma de fogo, atingido o crânio e a região cervical. O laudo pericial apontou que os ferimentos causados pelos tiros provocaram a morte da vítima.
O crime foi cometido porque André Luiz devia R$19.100,00 em decorrência de dívida do tráfico de drogas cujo credor era Fabrício dos Santos, um dos condenados pelos homicídios e, por uma ordem da organização criminosa pela vítima ter supostamente descumprido as regras da facção e ter participado de um homicídio.
No mesmo dia em que os quatro réus mataram André Luiz, também executaram Gabriela Roedel que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima. Ela foi atingida com três disparos de arma de fogo, na Estrada Geral de Massarandubinha, no município de Massaranduba.
Os condenados vão responder pelos crimes em regime inicial fechado.
O Juízo manteve a prisão preventiva dos réus, levando em conta a gravidade dos crimes. Os réus possuem antecedentes criminais, contando inclusive com condenações já transitadas em julgado. A prisão será mantida para que não haja reiteração criminosa.
Legenda: Promotor de Justiça Renato Maia de Faria no Tribunal do Júri de Barra Velha
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
18/11/2025MPSC apresenta recurso e garante aumento de pena para réus que mataram dois irmãos em Criciúma
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente