17.03.2005

Decretada prisão preventiva de policiais civis e advogado em São Miguel do Oeste

Prisão preventiva requerida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi decretada, no dia 16 de março, pelo Juízo Criminal da Comarca de São Miguel do Oeste contra um advogado e dois policiais civis. Os policiais já foram recolhidos à Delegacia da Comarca, e o advogado ao Batalhão da Polícia Militar do Município.
Prisão preventiva requerida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi decretada, no dia 16 de março, pelo Juízo Criminal da Comarca de São Miguel do Oeste contra um advogado e dois policiais civis. Os policiais já foram recolhidos à Delegacia da Comarca, e o advogado ao Batalhão da Polícia Militar do Município. Foi acolhida também a denúncia criminal que comprovou a prática de extorsão mediante grave ameaça de perseguição policial contra um morador da cidade e seus familiares. A apuração foi conduzida pelo Ministério Público e pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

O morador acusou ter sofrido suposto constrangimento ao Ministério Público, que iniciou as investigações. A vítima tem um irmão preso e outro foragido da Justiça. O MPSC apurou que desde fevereiro deste ano os policiais civis e o advogado, que representa o irmão preso, exigiam a entrega de dinheiro para não forjar situação delituosa que o levasse à prisão e para não permitir o cumprimento de mandado de prisão pendente em relação a seu outro irmão. Conforme fatos descritos na denúncia ao Judiciário, as quantias exigidas inicialmente foram de R$ 500,00 a R$ 1.000,00, chegando depois a R$ 15 mil. As tratativas sempre foram intermediadas pelo advogado e, posteriormente, com a participação direta dos policiais civis.

No despacho que deferiu o pedido de prisão preventiva, o Judiciário entendeu que a ordem pública há de ser garantida, pois não é concebível que um profissional da advocacia a quem as pessoas procuraram para salvaguardar os seus direitos e dois policiais, que devem garantir a segurança da população, sejam os próprios violadores do direito.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social