28.09.2006

Controle da freqüência de médicos e dentistas proposto pelo MPSC já alcança 180 Municípios

Cento e oitenta Municípios do Estado já celebraram termo de ajustamento de conduta comprometendo-se a controlar adequadamente a freqüência de médicos e dentistas da rede pública de saúde, sejam concursados ou contratados. Os acordos extrajudiciais foram propostos pelos Promotores de Justiça da área de Cidadania e Fundações das diversas Comarcas e contemplam todas as medidas consideradas essenciais para que a população tenha o atendimento médico assegurado, conforme os objetivos do Inquérito Civil n° 001/2004.

Cento e oitenta Municípios já celebraram termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) comprometendo-se a controlar adequadamente a freqüência de médicos e dentistas da rede pública de saúde, sejam concursados ou contratados. Os acordos extrajudiciais foram propostos pelos Promotores de Justiça da área de Cidadania e Fundações das diversas Comarcas e contemplam todas as medidas consideradas essenciais pelo Ministério Público para que a população tenha o atendimento médico assegurado.

Em outubro de 2005 o Ministério Público divulgou o resultado de uma apuração que revelou indícios de irregularidades no cumprimento da carga horária destes profissionais em 95,22% dos Municípios do Estado (ou 279 das 293 cidades). Destes, 73,72% (216 Municípios) não utilizavam cartão ponto como medida para controlar a freqüência de médicos e dentistas nos postos e demais unidades de saúde. Na época, o coordenador do Inquérito Civil conduzido pelo MPSC, Promotor de Justiça João Carlos Teixeira Joaquim, concluiu que havia uma demanda reprimida da população pelo atendimento médico, mas não em razão da falta de profissionais, e sim como conseqüência da sua ausência no local de trabalho e do não cumprimento da jornada para a qual foram contratados.

Além das 180 Prefeituras Municipais que aceitaram o TAC oferecido pelo Ministério Público, o Município de Itaiópolis se antecipou à proposta e implementou as medidas necessárias, e a situação em Palma Sola foi considerada regular, totalizando 182 cidades com o problema resolvido ou em fase de adequação. "Esse é um dado extremamente positivo, especialmente porque entre os Municípios que já assumiram o compromisso foram resolvidos os casos detectados como mais graves", avalia o Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Cidadania e Fundações (CCF), Promotor de Justiça Davi do Espírito Santo, que deu continuidade ao trabalho iniciado por Joaquim, que está atualmente na Coordenação do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa.

O MPSC já ajuizou nove ações civis públicas contra Prefeituras Municipais que apresentavam irregularidades no atendimento médico e odontológico à população, mas que não aceitaram o ajustamento de conduta. Os demais Municípios estão em fase de negociação com os Promotores de Justiça para que também regularizem a prestação do serviço. "Nosso trabalho foi muito bem recebido e contou com a colaboração da Federação Catarinense de Municípios. Não agimos para 'puxar a orelha' de ninguém, mas buscamos parcerias para solucionar um problema que até algumas administrações municipais tinham dificuldade de equacionar", complementa Davi do Espírito Santo.


Municípios que firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPSC (180)
Abelardo Luz
Agrolândia
Alfredo Wagner
Alto da Bela Vista
Angelina
Antônio Carlos
Apiúna
Araquari
Araranguá
Arroio Trinta
Ascurra
Atalanta
Balneário Arroio do Silva
Balneário Barra do Sul
Balneário Gaivota
Bandeirante
Barra Bonita
Barra Velha
Belmonte
Benedito Novo
Biguaçu
Blumenau
Bocaína do Sul
Bom Jardim da Serra
Bom Jesus
Bom Retiro
Botuverá
Braço do Norte
Braço do Trombudo
Brunópolis
Caçador
Calmon
Campo Belo do Sul
Campo Erê
Campos Novos
Capão Alto
Capinzal
Capivari de Baixo
Catanduvas
Caxambu do Sul
Cerro Negro
Chapadão do Lajeado
Chapecó
Concórdia
Cordilheira Alta
Coronel Freitas
Coronel Martins
Corupá
Descanso
Dionísio Cerqueira
Doutor Pedrinho
Entre Rios
Ermo
Erval Velho
Faxinal dos Guedes
Flor do Sertão
Formosa do Sul
Forquilhinha
Fraiburgo
Galvão

Garuva
Gaspar
Grão Pará
Guaraciaba
Guarujá do Sul
Guatambu
Herval D'Oeste
Ibiam
Ibirama
Ilhota
Imarui
Imbituba
Imbuia
Indaial
Iomerê
Ipira
Ipuaçu
Iraceminha
Irani
Irati
Irineópolis
Itá
Itajaí
Itapiranga
Itapoá
Ituporanga
Jaborá
Jacinto Machado
Jaraguá do Sul
Jardinópolis
José Boiteaux
Lacerdópolis
Lages
Laguna
Lajeado Grande
Laurentino
Lebon Régis
Leoberto Leal
Luiz Alves
Macieira
Maracajá
Maravilha
Marema
Matos Costa
Meleiro
Monte Carlo
Monte Castelo
Morro Grande
Navegantes
Nova Erechim
Nova Itaberaba
Ouro
Ouro Verde
Paial
Painel
Palmeira
Papanduva
Paraíso
Passos Maia
Pedras Grandes

Peritiba
Petrolândia
Pinhalzinho
Pinheiro Preto
Piratuba
Planalto Alegre
Pomerode
Ponte Serrada
Porto União
Pouso Redondo
Presidente Castelo Branco
Princesa
Quilombo
Rio das Antas
Rio do Campo
Rio do Oeste
Rio dos Cedros
Rio Fortuna
Rio Rufino
Rodeio
Saltinho
Salto Veloso
Santa Cecília
Santa Helena
Santa Rosa de Lima
Santa Terezinha
Santa Terezinha do Progresso
Santiago do Sul
São Bernardino
São Domingos
São João do Itaperiu
São João do Oeste
São Joaquim
São José do Cedro
São José do Cerrito
São Ludgero
São Miguel da Boa Vista
São Miguel do Oeste
Saudades
Sombrio
Tangará
Tigrinhos
Timbé do Sul
Timbó
Timbó Grande
Trombudo Central
Tubarão
Tunápolis
Turvo
União do Oeste
Urubici
Urupema
Vargeão
Vargem
Vargem Bonita
Vidal Ramos
Videira
Xanxerê
Xaxim
Zortéa


Municípios que não aceitaram o TAC e respondem ação civil pública (09)
Bombinhas
Camboriú
Cocal do Sul
Itapema
Lauro Muller
Morro da Fumaça
Otacílio Costa
Porto Belo
Urussanga


Municípios que regularizaram a situação de forma espontânea (02)
Itaiópolis Palma Sola

Medidas exigidas pelo Ministério Público nos TACs
Implantação de ponto mecânico ou eletrônico de preenchimento diário em todas as unidades de saúde da rede pública para todos os médicos e dentistas.
Publicação em mural de quadro com nomes, turnos e horários de trabalho dos médicos e dentistas em todas as unidades de saúde, incluindo um número de telefone para reclamações da população.
As Prefeituras que não dispõem de legislação regulamentando formas de controle da freqüência de médicos e dentistas deverão encaminhar projeto de lei sobre o assunto.
Desconto na folha do pagamento do profissional que não cumprir a carga horária contratada sem justificativa legal.
As Prefeituras deverão designar servidor para fiscalizar o cumprimento do horário dos médicos e odontólogos.
O Município que não estiver cumprindo as diretrizes do Programa de Saúde Familiar (PSF) deverá rescindir o contrato com prestadores de serviço e providenciar a contratação dos profissionais seguindo os princípios do Ministério da Saúde e da administração pública.
Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social