Chacina de Saudades: julgamento do acusado é mantido na Comarca de Pinhalzinho
A sessão do Tribunal do Júri que julgará o acusado de praticar a chacina em Saudades, em maio de 2021, foi mantida para ocorrer a partir do dia 9 de agosto na Comarca de Pinhalzinho. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina concordou com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e negou o pedido da defesa do acusado para transferir o julgamento para outra comarca.
O Promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira, que representará o MPSC na sessão, ressalta que há dois anos o MPSC trabalha para condenar o acusado pela morte de duas professoras e três bebês, além da tentativa de homicídio de mais 14 vítimas. Foi um crime cruel e covarde, praticado por motivo torpe, contra crianças menores de dois anos e educadoras que não tiveram a mínima chance de se defender. O autor premeditou, idealizou e planejou as mortes durante 10 meses, pesquisou sobre a volta às aulas presenciais no município de Saudades, sobre a creche Aquarela, também sobre chacinas cometidas em escolas com o uso de facas e outras armas brancas, procurando o alvo mais fácil para executar o seu plano, assevera.
Diante de todas as circunstâncias, Vieira ressalta que o Ministério Público vai requerer uma punição rigorosa e exemplar ao assassino. Sem nenhuma piedade, a qual ele não teve com as vítimas, demonstrando-se que no Tribunal do Júri se pratica a justiça pública, tão almejada pela sociedade, disse.
Crimes
O réu será julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Pinhalzinho, a partir do dia 9 de agosto deste ano, pela prática de cinco homicídios consumados triplamente qualificados por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas; 13 homicídios tentados duplamente qualificados por motivo torpe e meio cruel; e um homicídio tentado qualificado por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Entenda o caso
Na manhã de 4 de maio de 2021, o réu entrou em uma creche no município de Saudades, matou duas professoras e três bebês e tentou matar outras 14 pessoas, entre educadoras, funcionárias e crianças. Ele usou uma adaga que havia comprado pela internet especialmente para o ataque. O réu, que teria tentado se matar após o atentado, foi detido por populares e entregue às autoridades. Ele confessou o crime. O processo tramita em segredo de justiça.
Crédito da foto: Rodrigo Kroth
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