Alemão é condenado a 15 anos e pena será cumprida no Brasil antes de extradição
Landgraf é engenheiro mecânico natural da Alemanha e foi viver em Joinville tendo como companheira a mãe de Arley, a brasileira Sueli Maria de Jesus, que tinha ainda outro filho, Paulo de Jesus, à época com oito anos. O menino foi morto em decorrência de traumatismo craniano e vários ferimentos, após ter sido submetido a sessões recorrentes de tortura. Segundo o Promotor de Justiça, o engenheiro teria batido no menino porque ele havia urinado na calça, e o exame realizado no corpo de Arley mostrou sinais nítidos de sevícias e de várias lesões. Após a morte de Arley foi decretada a prisão preventiva do alemão, que fugiu para seu país com a mãe do menino e o outro enteado.
Na Alemanha Langraf e Sueli se casaram, tiveram dois filhos e acabaram se separando em 1996. Réu em diversos processos em seu país de origem e com novo mandado de prisão expedido pela Justiça alemã, por uma fraude contra instituições financeiras estimada em 2,5 milhões de euros, Landgraf voltou para o Brasil em 2002. Veio acompanhado de sua nova mulher, também brasileira, e se estabeleceu em Natal (RN), onde foi preso em 2003 pela Polícia Federal. Desde 2005 está recolhido no Presídio Regional de Joinville.
Para levá-lo a julgamento, o Ministério Público precisou restaurar todo o processo criminal, subtraído do Fórum da Comarca por um falso Advogado. Por conta da fraude, o governo alemão também requereu a extradição de Langraf, que foi deferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2004. No entanto, a legislação brasileira diz que o réu só pode ser extraditado depois de ser julgado e de cumprir pena no Brasil, caso tenha cometido crime em nosso território. Por isso a pena pelo homicídio deverá ser cumprida em Joinville. Segundo o Promotor de Justiça, na Alemanha o engenheiro mecânico responde ainda a processos por estelionato e lavagem de dinheiro.
Últimas notícias
19/11/2025MPSC garante condenação de integrante de facção a 19 anos por homicídio qualificado
19/11/2025Exposição “Tramas e Formas” é inaugurada na Biblioteca do MPSC
19/11/2025“Mais dignidade”: com atuação do MPSC, banheiros públicos em Criciúma passarão a ser acessíveis para pessoas ostomizadas
19/11/2025MPSC atua para eliminar riscos à saúde por uso indevido de agrotóxicos em morangos
19/11/2025MPSC aciona empresa do setor de moda on-line por manter consumidores sem informação após falência
19/11/2025Ministério Público cobra melhorias estruturais no CEDIN Verde Vale e ajuíza ação contra o Município de Itajaí
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente