Agosto Lilás: No Sul do Estado, mensagem de prevenção à violência doméstica chega à Igreja e Hospital
Com o propósito de disseminar informações sobre a atuação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) no combate à violência doméstica, o Promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini, da 12ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma - com atuação em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher -, apresentou palestra nos últimos dias em dois eventos: na Igreja Assembleia de Deus de Criciúma e no Hospital São José.
O ciclo de palestras do MPSC, em meio ao Agosto Lilás, foi além das escolas no Sul do estado, abrangendo diversas pessoas, de diferentes gêneros, idades, profissões e religiões, levando a mensagem de combate à violência de gênero a todos os locais possíveis.
Ao público evangélico, entre homens e mulheres, o Promotor de Justiça esclareceu suas atribuições como membro do MPSC e os mecanismos de prevenção à violência contra a mulher. Ressaltou que a violência doméstica atinge todas as religiões, classes sociais e idades e está presente em todos os bairros. Para ele, iniciativas como a realizada no templo da Igreja Assembleia de Deus ajudam a ampliar o conhecimento sobre esse tipo de violência e os meios de proteção da Lei Maria da Penha.
O Promotor de Justiça citou o Agosto Lilás como um mês no qual o MPSC também promove momento de reflexão, discutindo esse tema tão delicado, mas presente na vida de todos. Ele explanou, além disso, sobre a importância da prevenção, a qual é reforçada em ações externas que abrangem todo tipo de público, como as palestras.
Mais do que punir os agressores, que é fundamental, é muito importante evitar que esses crimes aconteçam. E agir rápido para que não se escalem de tal forma que possam ser tornar cada vez mais graves, alertou.
A igreja no enfrentamento à violência doméstica
O chamado Culto Lilás, alusivo à cor do mês de agosto, dedicado à conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, foi promovido pelo projeto De mãos dadas promovendo a paz, trazendo como tema A igreja no enfrentamento à violência doméstica. O projeto oferta apoio e acolhimento às mulheres cristãs vítimas de violência doméstica, com atendimento jurídico, psicológico e espiritual.
A advogada Vânia Pinheiro, responsável pelo atendimento jurídico, conta que o projeto nasceu justamente devido à necessidade de conscientização e prevenção à violência doméstica e familiar. Além do suporte jurídico, o atendimento é realizado na clínica de psicologia social da igreja, sob a coordenação da psicóloga Ana Negreiros, e espiritual, com a conselheira Kellen Fernandes, complementa.
Ela lembra que o Promotor de Justiça fez uma visita institucional no gabinete do pastor Roberto Ohlweiler e, depois, surgiu a ideia de convidá-lo para que participasse do evento e conhecesse o projeto. E foi uma participação excelente, na qual explicou muito bem seu trabalho e sanou todas as dúvidas. Nosso público gostou tanto que ele já foi convidado a voltar em outro evento sobre o mesmo tema, adiantou.
Também participaram do evento na Igreja Assembleia de Deus a OAB de Criciúma, representada pela advogada Neura Maria Correia Costa, presidente da Comissão de Combate à Violência e Acolhimento da Vítima; e pelo advogado e pastor Josias Porto, da cidade de Araranguá.
Aos profissionais de saúde
O ciclo de palestras do MPSC chegou até os profissionais de saúde. Nesta semana, Dal Farra Naspolini e a investigadora da Polícia Civil de Criciúma Isabel Cristina Feijó apresentaram uma palestra para os trabalhadores do Hospital São José, em Criciúma.
A diretora-geral do hospital, irmã Isolene Lofi, enalteceu a abordagem do tema na instituição hospitalar. São assuntos tão fortes e presentes no nosso cotidiano e que merecem receber esse momento de conscientização. Só temos a agradecer ao Ministério Público e à Polícia Civil, que repassaram conhecimento e mostraram a relevância da prevenção e da denúncia nos casos de violência doméstica, disse.
A investigadora da Polícia Civil destacou a importância de haver um espaço para que se possa falar da violência de gênero e mostrar a rede de proteção, como forma de prevenir e de evitar futuras violações de direito. Principalmente aos profissionais do hospital, pois muitas vezes é por meio da área da saúde que mulheres chegam ao sistema de segurança, acrescentou.
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