22.02.2008

Ação Civil Pública pede indenização por fraude em venda de frango

Durante o período de 2004 a 2006 a empresa Agrofrango, em Ipumirim, lucrou pelo menos R$ 1 milhão irregularmente adicionando água no frango congelado.
Durante o período de 2004 a 2006 a empresa Agrofrango, em Ipumirim, lucrou pelo menos R$ 1 milhão irregularmente adicionando água no frango congelado. A estimativa é do Promotor de Justiça Rafael Meira Luz, que ajuizou Ação Civil Pública pedindo a indenização, por parte da empresa, de R$ 1,5 milhão ao Fundo Estadual de Restitituição de Bens Lesados, FERBL.
O valor da indenização foi calculado de acordo com a quantidade de frango comercializada durante o período e o volume de água vendida como se fosse o produto. Segundo os cálculos, em 2004, 2005 e 2006, a Agrofango vendeu quase 17 milhões de toneladas de frango congelado, mas aproximadamente 461 mil toneladas do produto eram, na verdade, água acrescentada irregularmente.

Além da água, as investigações descobriram que a empresa usava outro artifício para aumentar o peso do produto vendido. Pelo menos 1% dos frangos com miúdos vendidos no período continha órgãos internos além do normal, como, por exemplo, três fígados. Para o Promotor de Justiça Rafael Meira a responsabilidade da Agrofrango fica evidente pela freqüência com que as irregularidades foram constatadas.

Fraude gerou outras ações em várias cidades

O excesso de água no frango congelado é monitorado pelo Ministério Público de Santa Catarina desde 2003, com ações coordenadas pelo Centro de Apoio do Consumidor. A partir de 2007, a fiscalização foi intensificada e já foram assinados Termos de Ajustamento de Conduta, TAC, para a reparação de danos econômicos e morais aos consumidores e coibir a venda de produtos irregulares.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social