MPSC garante implementação de política de bem-estar animal em Presidente Getúlio
Acordo judicial firmado após ação do Ministério Público define medidas, prazos, metas e estruturação da rede de proteção animal.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)garantiu a efetivação da política pública de proteção e bem-estar animal em Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, por meio de um acordo judicial firmado com o Município nesta quinta-feira (9/10).
A medida busca encerrar o cumprimento de sentença de uma Ação Civil Pública (ACP) ajuizada em 2018 pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Presidente Getúlio, que reconheceu o dever do Município de estruturar e executar ações permanentes voltadas à causa animal. À época, Presidente Getúlio não tinha política pública nem mecanismos de controle populacional, acolhimento ou atendimento veterinário.
Com o pacto formalizado, a cidade passa a ter um plano estruturado e permanente de proteção animal, com base legal, prazos definidos e fiscalização direta do MPSC, fortalecendo a rede local de saúde, segurança pública, meio ambiente e bem-estar animal.
Plano de ações com prazos definidos
Com o acordo, a Prefeitura se comprometeu a implementar medidas concretas e graduais. Entre os compromissos assumidos estão os seguintes:
- credenciamento de clínicas veterinárias e nomeação de servidor responsável pela triagem dos atendimentos — prazo de 60 dias;
- início do programa de vacinação e castração de animais comunitários e pertencentes a famílias vulneráveis — até 31 de dezembro de 2025;
- criação do Fundo Municipal de Bem-Estar Animal e envio de projeto de lei que consolide a política pública municipal — até 31 de dezembro de 2025;
- desenvolvimento do programa de microchipagem e criação do cargo de Fiscal de Bem- Estar Animal — até 31 de dezembro de 2026;
- realização de concurso público para provimento do cargo de fiscal — até 30 de agosto de 2027.
O acordo também prevê a regulamentação do animal comunitário, a criação de programas de famílias acolhedoras, campanhas de educação ambiental e atuação multissetorial nos casos de acumuladores de animais.
Para a Promotora de Justiça Cassilda Maria de Carvalho Santiago Dallagnolo, o resultado representa a consolidação de um trabalho que alia cobrança judicial e diálogo institucional: “O Ministério Público atua para garantir que o Poder Público cumpra o dever de proteger a fauna e o meio ambiente. Este acordo é a tradução prática desse compromisso: transformar uma decisão judicial em uma política pública efetiva, com medidas específicas, prazos, metas e responsabilidade compartilhada”, destacou.
Acompanhamento e penalidades
O cumprimento será acompanhado por relatórios semestrais, reuniões técnicas e vistorias conjuntas. O descumprimento de qualquer cláusula acarretará multa de R$ 5 mil, acrescida de R$ 1 mil por semana de atraso. Os valores serão destinados ao futuro Fundo Municipal de Bem-Estar Animal assim que ele for criado por lei própria.
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