03.04.2006

Quinze comerciantes ainda não cumpriram recomendação para segurança contra incêndio em ala do Mercado Público

As causas do incêndio que devastou a ala Norte do Mercado Público de Florianópolis estão, a princípio, eliminadas em 25 das 40 unidades comerciais do setor sul, não atingido no desastre ocorrido em 2005. Em vistoria realizada no dia 28 de março o Promotor de Justiça Fábio de Souza Trajano constatou que 15 comerciantes ainda não implementaram totalmente as medidas emergenciais de prevenção a incêndio recomendadas.
As causas do incêndio que devastou a ala Norte do Mercado Público de Florianópolis estão, a princípio, eliminadas em 25 das 40 unidades comerciais do setor sul, não atingido no desastre ocorrido em 2005. Em vistoria realizada no local em conjunto com o Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal, no dia 28 de março, o Promotor de Justiça Fábio de Souza Trajano constatou que 15 comerciantes ainda não implementaram totalmente as medidas emergenciais de prevenção a incêndio recomendadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Corpo de Bombeiros e Prefeitura Municipal. Foi concedido um prazo adicional de 15 dias para que regularizem o espaço, sob pena de sofrerem as sanções legais.

Trajano ressalta que ainda é necessária uma intervenção maior na área, o que deverá ocorrer por meio de uma reforma que está sendo estudada pelo Poder Público Municipal. O MPSC já expediu recomendação à Prefeitura da Capital para que providencie o cumprimento integral das normas de prevenção e combate a incêndios na Ala Sul. "Mas as adaptações promovidas agora tratam exatamente dos problemas que causaram o incêndio em 2005", explica. Os lojistas instalaram pelo menos um extintor de incêndio em cada unidade, removeram os materiais que eram armazenados na área de sótão das lojas, correspondente ao terceiro piso, e também reposicionaram os butijões de gás, que só podem ser instalados no piso térreo.

Os comerciantes que atenderam a recomendação colocaram escadas nas lojas que anteriormente só contavam com elevadores individuais de acesso aos pisos superiores, e os que trabalham com gás GLP instalaram mangueira normatizada e válvula adequada no estabelecimento. Também foram implantados dutos condutores para a fiação elétrica nas unidades, que estava instalada de forma inadequada, havendo fios expostos e pendurados no interior dos espaços.

A perícia realizada na Ala Norte após o incêndio comprovou que o fogo iniciou na fritadeira de uma das unidades, instalada num piso abaixo de onde estavam botijões de gás. A localização do material inflamável na área de sótão foi o fator determinante para que o fogo se alastrasse, segundo o laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros. Além disso, materiais estocados de forma irregular no terceiro piso ajudaram na propagação das chamas para as demais unidades comerciais.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social