16.06.2006

Quarteto de Quilombo é condenado pelo homicídio do agricultor Natalício do Amaral

O Tribunal do Júri da Capital condenou, no dia 8 de junho, os irmãos Adauto Pereira da Silva, Volmir José da Silva e Altair Antônio da Silva e o cunhado destes, Pedro Hoffmann, pelo assassinato do agricultor Natalício do Amaral com três tiros de pistola calibre 380, ocorrido na sua  fazenda, em 22 de março de 2004, na localidade de Linha Aurora, em Quilombo, a 650 quilômetros ao oeste de Florianópolis.

O Tribunal do Júri da Capital condenou, no dia 8 de junho, os irmãos Adauto Pereira da Silva, Volmir José da Silva e Altair Antônio da Silva e o cunhado destes, Pedro Hoffmann, pelo assassinato do agricultor Natalício do Amaral com três tiros de pistola calibre 380, ocorrido na sua fazenda, em 22 de março de 2004, na localidade de Linha Aurora, em Quilombo, a 650 quilômetros ao oeste de Florianópolis. Amaral era vizinho dos condenados. O crime foi praticado por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima. O julgamento teve que ser transferido daquela Comarca para a da Capital face ao clima hostil e temor de represálias contra jurados do caso em Quilombo.

Sob a presidência do Juiz de Direito Luiz César Schweitzer e com base na acusação formulada pela Promotora de Justiça Vanessa Wendhausen Cavalazzi Gomes, o quarteto foi condenado por homicídio qualificado. Pedro Hoffmann e os irmãos Volmir e Altair pegaram 16 anos de reclusão, todos em regime fechado. Adauto foi condenado a 15 anos e seis meses, igualmente em regime fechado. Altair já cumpre pena de 11 anos em outro processo em que foi condenado pelo assalto à agência do BESC de Quilombo, tendo apelado ao Tribunal de Justiça.

Da decisão do Tribunal do Júri cabe recurso para novo julgamento, mas negou-se ao quarteto o direito de recorrer em liberdade. Atuaram na defesa os Advogados Dalmir Magnani e Arthur Losekann. Após o julgamento, os condenados foram reconduzidos ao Presídio de Chapecó, onde cada um cumprirá sua pena.

Durante o julgamento, a Promotora de Justiça pediu a instauração de inquérito policial contra três das quatro testemunhas arrolados pela defesa para apuração de eventual prática de crime de falso testemunho. Outras quatro testemunhas da defesa foram dispensadas a pedido dos Advogados.

De acordo com os fatos apurados no inquérito policial e nos depoimentos colhidos que subsidiaram a acusação feita pelo Ministério Público, o quarteto, que possui terras vizinhas às da vítima, atacou o agricultor Natalício do Amaral para silenciá-lo diante da oposição que este fazia contra os atos ilegais dos condenados e de outro irmão deste, Reinaldino da Silva, que foi pronunciado em outro processo pelo duplo homicídio de um casal de Quilombo.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social