NEAVIT: o que é, para quem se destina e como acessar o núcleo do MPSC de apoio às vítimas

Nova estrutura amplia e acelera o atendimento à vítima de violência em todo o estado. Saiba como funciona, onde buscar ajuda e o que muda na prática. 

26.11.2025 19:25
Publicado em : 
26/11/25 10:25

O Núcleo de Enfrentamento a Violências e Apoio às Vítimas (NEAVIT) é a nova estrutura do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) voltada ao atendimento de pessoas vítimas de violências. O NEAVIT acolhe aqueles que sofreram violência doméstica, crimes sexuais, racismo, intolerância religiosa, violência no esporte e outras formas de ataque que envolvam grave ameaça ou violação de direitos. 

Coordenado pela Promotora de Justiça Chimelly Louise de Resenes Marcon, o núcleo conta com o apoio de equipes multidisciplinares e parcerias com órgãos públicos, universidades, coletivos e serviços municipais para oferecer acolhimento e proteção às vítimas antes que as violências se agravem. Na prática, o serviço se propõe a acelerar e humanizar o atendimento, com a oferta de todos os serviços em um único endereço.  

Quais informações você encontra abaixo? 

  1. O que é o NEAVIT 

  1. Quem pode ser atendido 

  1. Quais serviços são oferecidos 

  1. Onde encontrar um núcleo de atendimento 

  1. Como buscar atendimento 

  1. O que muda com a nova estrutura 

  1. O que é o NEAVIT 

O NEAVIT é um núcleo especializado do MPSC que oferece atendimento direto, humanizado e multidisciplinar a vítimas de crimes cometidos com violência ou grave ameaça. O foco é garantir proteção integral, com escuta qualificada, orientação jurídica e encaminhamento imediato à rede de serviços públicos. 

Ele surge da unificação de três frentes que já trabalhavam com finalidades complementares: 

  • NEAVID - Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica: voltado ao acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar; 

  • NAVIT - Núcleo de Atendimento às Vítimas: responsável por oferecer suporte jurídico e psicossocial a vítimas de crimes em geral; 

  • NECRIM - Núcleo de Enfrentamento ao Racismo e Intolerância. 

Com a criação do NEAVIT, essas iniciativas foram integradas em uma única estrutura, que amplia o alcance e a efetividade do atendimento às vítimas em todo o estado e atua na produção de dados qualificados, fundamentais para a formulação de políticas públicas que impactem diretamente na vida das pessoas, e na articulação com outras instituições para fortalecer ações de prevenção, responsabilização e reparação. 

  1. Quem pode ser atendido 

O NEAVIT atende vítimas de toda forma de violência e seus familiares, com prioridade para mulheres em situação de violência doméstica, vítimas de crimes sexuais, racismo, intolerância religiosa, violência no esporte, entre outros. 

As pessoas podem procurar o núcleo por conta própria ou ser encaminhadas por outros órgãos da rede de proteção, como delegacias, hospitais, escolas, conselhos tutelares e Defensoria Pública. 

  1. Quais serviços são oferecidos 

O atendimento no NEAVIT é gratuito. Ele inclui:  

  • acolhimento e escuta qualificada; 

  • orientação jurídica sobre direitos e processos; 

  • encaminhamento direto para serviços de saúde, assistência social e segurança pública; 

  • inclusão em programas sociais; 

  • apoio psicológico e social; 

  • esclarecimentos sobre o andamento de processos; 

  • acompanhamento contínuo, quando necessário. 

  1. Onde encontrar um núcleo de atendimento 

Atualmente o NEAVIT está presente em 11 regiões de Santa Catarina, por meio de Coordenadorias Regionais, que organizam os núcleos em locais de atendimento. A meta do MPSC é ampliar o alcance territorial do núcleo, criando portas de entrada. Neste momento, qualquer pessoa pode buscar um NEAVIT nas seguintes cidades: 

  • Florianópolis: Ed. Campos Salles, R. Pedro Ivo, 231, Térreo - Centro, Florianópolis.  

  • Joinville (inclui Jaraguá do Sul e São Bento do Sul): Avenida Hermann August Lepper 980, sala 301-C, Saguaçu, Joinville/SC. 

  • Chapecó (Concórdia, Xanxerê): Centro Jurídico - R. Augusta Müller Bohner, 350D, 4º piso, sala 405 - Bairro Passo dos Fortes, 89805-520, Chapecó. 

  • Criciúma (Araranguá): AV. Santos Dumont, n.1868 -1994, Bairro São Luís, Criciúma, prédio do Fórum de Criciúma, 2º andar. 

  • Lages (Curitibanos, São Joaquim): Edifício Rosalina Maria Rodrigues Rua James Robert Amós, nº 280 — Centro, Lages/SC CEP: 88502-320 (rua localizada atrás do Fórum). 

  • Itajaí (Balneário Camboriú): Av. Joca Brandão, 655, Centro (Fórum Universitário de Itajaí), Itajaí. 

  • Blumenau (Brusque): Praça Víctor Konder, 01, sala 18 - Centro, Blumenau. 

  • Rio do Sul (Ituporanga): Rua XV de Novembro n° 1255, bloco D, Sala 103, bairro Laranjeiras, Município de Rio do Sul. 

  • Tubarão (Laguna): Ed. Manhattan - R. Wenceslau Bráz, 368 - Vila Moema, 88705-070, Tubarão. A sala está em fase de instalação.  

  • São Miguel d’Oeste (Maravilha, São Lourenço d’Oeste): ainda não inaugurado. 

  • Joaçaba (Campos Novos, Videira, Caçador): Edifício Unique Office, Rua Frei Edgar, n. 138, 7º andar, Centro, Joaçaba. 

  1. Como buscar atendimento 

Para ser atendida ou obter mais informações, a vítima pode procurar diretamente o NEAVIT mais próximo ou ser encaminhada por outro órgão da rede de proteção.  

Também é possível buscar os núcleos através de seus endereços on-line e contatos de WhatsApp. Confira os contatos de cada núcleo abaixo.  

  • Tubarão: ainda não disponível. 

  • São Miguel d’Oeste: ainda não disponível.  

  • Joaçaba: ainda não disponível. 

Ainda é possível buscar informações nos canais oficiais do Ministério Público de Santa Catarina.  

  1. O que muda com a nova estrutura 

A principal mudança é a integração das frentes de atuação. Antes, o atendimento às vítimas era fragmentado entre diferentes núcleos: NEAVID, NAVIT e NECRIM. Agora, com o NEAVIT, o MPSC oferece uma resposta mais ágil, coordenada e centrada na vítima. 

Além disso, o novo modelo se propõe a reduzir o tempo de espera por atendimento e encaminhamentos, evitar a revitimização ao concentrar o atendimento em um único local, racionalizar o uso de recursos públicos, fortalecer a rede de proteção com parcerias locais e convênios com universidades e gerar dados estratégicos para políticas públicas. 

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC