Lançamento nacional da campanha contra a corrupção lotou auditório do MPDFT, em Brasília

Diante de um auditório lotado, o ator Milton Gonçalves, que foi o mestre de cerimônias do evento, apresentou o projeto, que prevê a realização de passeatas, shows, peças de teatro e concursos para alunos de escolas públicas e particulares sobre o tema "O que você tem a ver com a corrupção?". Também será distribuída uma cartilha em escolas e locais com grande circulação de pessoas, explicando que a corrupção existe em vários níveis e, por isso, todos podem combatê-la.
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"Não podemos mais fechar os olhos à corrupção que campeia desenfreada, provocando escândalos e mais escândalos. Para a sociedade, a corrupção é um fenômeno que causa prejuízos irreversíveis no âmbito coletivo, para favorecer ilegalmente alguns indivíduos. A corrupção subtrai direitos, tira oportunidades, fecha as portas dos serviços públicos e, de forma trágica, deixa os ladrões ricos cada vez mais opulentos e os pobres cada vez mais pobres. Mais que se apropriar ilicitamente de bens materiais, o corrupto é o verdadeiro ladrão de sonhos, sonhos de paz, alegria e de um futuro melhor", afirmou.
Na opinião de Cosenzo, o melhor caminho para o combate à corrupção desenfreada é a educação da população brasileira. "É fundamental a adoção de uma postura de educadores. Sim, educar e conscientizar. Educar desde a infância, demonstrando que a corrupção pode deformar personalidades em formação. Ensinar que pequenos desvios de comportamento, como furar filas, deixar de restituir bens que não nos pertencem, levar vantagem quando a regra é a igualdade, pode ser o caminho para a corrupção", disse o presidente da Conamp.
A importância da ética desde os pequenos atos também foi lembrada pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra. Segundo ele, não só os agentes públicos e políticos são responsáveis pela a corrupção. "A corrupção tem que ser vista não como uma coisa alheia. O grande ato de corrupção começa com pequenos atos, como furar a fila e lucrar no troco. Esses pequenos atos criam uma mentalidade corrupta. É preciso acabar com eles", disse Bandarra.
Os atores José Wilker, Murilo Rosa e Armando Babaioff, e o atleta Alberto Bial, também participaram do lançamento. Eles aderiram ao projeto da Conamp e se comprometeram a divulgar a idéia em todo o País. "Cada um de nós é responsável por coibir o que acha que está errado. Não posso me calar diante de um ato que considero desonesto, senão também estarei sendo desonesto", disse José Wilker durante o evento.
Murilo Rosa também cobrou o empenho da sociedade no combate à corrupção. "A única forma do País crescer é combatendo a corrupção. Com todo mundo roubando, não dá, não tem como. Todos os cidadãos deveriam cobrar mais. Falta indignação ao povo brasileiro. As pessoas agüentam caladas", destacou o ator.
Ainda durante o lançamento, foram assinados termos de cooperação com a Associação dos Membros dos Tribunais de Conta do Brasil - ATRICON, Associação Brasileira de Tribunais de Contas Municipais - ABRACOM, Instituto Rui Barbosa e com a Escola de Administração Fazendária - ESAF. As associações agora também são parceiras do projeto "O que você tem a ver com a corrupção?". Já apóiam a iniciativa a Rede Globo, Companhia Vale do Rio Doce, Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas - CNDL, Instituto Innovare, Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB, Confederação Maçônica do Brasil e a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino - CONFENEN.
O projeto
O caminho proposto pela campanha é um processo cultural de formação de consciência e de responsabilidade dos cidadãos, a partir de três tipos de responsabilidades: a responsabilidade para com os próprios atos, ou responsabilidade individual (estou fazendo a minha parte no meu dia-a-dia?) a responsabilidade para com os atos de terceiros, ou responsabilidade social ou coletiva (estamos cobrando individual e coletivamente a efetiva apuração e punição de corruptos e corruptores? Estamos efetivamente contribuindo para o fim da impunidade?), e a responsabilidade para com as gerações futuras a partir de um agir consciente.
Além do objetivo preventivo por meio da educação, o projeto tem como escopo estimular as denúncias populares dos atos de corrupção, não importando o maior ou menor grau de lesão à população. Com isso, cria-se um canal direto entre a sociedade e o Ministério Público Brasileiro, facilitando a apuração dessas condutas. Para isso, os portais dos Ministérios Públicos nos Estados abrirão um link pelo qual qualquer pessoa poderá preencher um formulário para denunciar casos suspeitos de corrupção.
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