20.03.2020

IMA se compromete com o MPSC a concluir plano de manejo de parque estadual em Florianópolis

Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Vermelho será feito pelo próprio corpo técnico do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). A empresa contratada em licitação para fazer o serviço não o concluiu.

O Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) assinou um termo de compromisso de ajustamento de conduta (TAC) com a 22ª Promotoria de Justiça da Capital, em que se comprometeu a concluir a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Vermelho, situado no Leste da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, até agosto deste ano e a publicar a portaria de aprovação do Plano até setembro.

O plano de manejo será finalizado pelo próprio corpo técnico do Instituto e não mais por uma empresa contratada. A 22ª PJ acompanha os problemas de uso e preservação do Parque Estadual do Rio Vermelho desde o início de 2018, quando passou a ser responsável pelo prosseguimento da instrução do inquérito civil nº 06.2014.00001398-2, que foi instaurado em 2014, para apurar as notícias de utilização irregular e má conservação da área.

Com a assinatura do TAC, o inquérito civil foi arquivado e o cumprimento do acordo será acompanhado no procedimento administrativo n. 09.2020.00001426-8.

Entenda o caso

Plano de manejo é um documento técnico que estabelece as normas de utilização de uma unidade de conservação ambiental. No caso do Parque Estadual do Rio Vermelho, administrado pelo IMA, o plano deveria ter sido elaborado pela empresa ENGETEC, com a participação do Conselho Consultivo do Parque. A empresa foi contratada para executar o serviço, por meio do Edital de Concorrência 001/2016, pela antiga FATMA (Fundação Estadual de Meio Ambiente, que antecedeu o IMA).

Ocorre que, mesmo após a prorrogação do prazo de entrega do serviço por meio de aditivos ao contrato original, a ENGETEC não conseguiu concluir o plano. Após rescindir o contrato, o IMA ainda tentou contratar a segunda contratada na concorrência, mas esta informou que não poderia finalizar os trabalhos com os recursos restantes para a execução das últimas etapas previstas para a elaboração do documento.

As investigações realizadas no inquérito civil, instaurado para apurar as causas da má conservação do Parque,  comprovaram que o atraso na elaboração do plano de manejo não configurou ato improbidade administrativa dos gestores daquela unidade de conservação, pois foram decorrentes de problemas administrativos internos da empresa contratada e do desinteresse da empresa segunda colocada no certame. Caso o acordo não seja cumprido, os responsáveis serão acionados judicialmente.

De acordo com o Promotor de Justiça Felipe Martins de Azevedo, responsável pelo caso, o cumprimento do acordo representará um grande avanço na gestão, nos usos e na preservação do parque estadual do rio vermelho, com benefícios para o meio ambiente que ultrapassarão os limites do próprio parque.




Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC