17.06.2005

Devolução de embalagens de agrotóxicos cresce mais em SC no primeiro quadrimestre de 2005

Santa Catarina foi o Estado brasileiro que registrou o maior crescimento no número de embalagens vazias de agrotóxicos recolhidas do meio ambiente no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2004. Levantamento do InpEV mostra que, de janeiro a abril de 2005, foram recuperadas 157 toneladas de unidades, enquanto de janeiro a abril de 2004 foram devolvidas 84 toneladas.
Santa Catarina foi o Estado brasileiro que registrou o maior crescimento no número de embalagens vazias de agrotóxicos recolhidas do meio ambiente no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2004. O levantamento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV) mostra que, de janeiro a abril de 2005, foram recuperadas 157 toneladas de unidades, enquanto de janeiro a abril de 2004 foram devolvidas 84 toneladas - um aumento de 86,6%.

O dado demonstra que aumenta a conscientização do agricultor, atendendo ao objetivo esperado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) desde dezembro passado, quando foi divulgado um balanço do Programa de Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. Criado em 2001 pelo MPSC, com apoio do InpEV, órgãos do Estado e entidades parceiras, o Programa buscou viabilizar a infra-estrutura necessária no Estado para o recolhimento das unidades que anteriormente permaneciam em contato com o meio ambiente ou eram depositadas junto do lixo comum, oferecendo riscos à saúde da população e ao equilíbrio ambiental.

A conscientização do agricultor era o segundo passo esperado do Programa, e por isso o Ministério Público participa da campanha lançada pelo InpEV ao final de 2004, com o slogan "A natureza precisa de você". Ela consiste na divulgação de vídeos e materiais impressos que demonstram a importância do recolhimento e como o agricultor deve proceder para a lavagem da unidade logo após o uso do agrotóxico, garantindo sua descontaminação. Durante a implantação do Programa de Destinação de Embalagens, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) também editou instrução normativa que exige um posto de recolhimento em cada agropecuária do Estado.

Ao final de 2004, o Estado passou a contar com 650 pequenos postos de recolhimento de embalagens, em sua maioria em agropecuárias, possibilitando que o produtor rural devolva as unidades vazias no mesmo local onde adquire novos produtos. Dali, o material é levado para 14 postos regionais e depois para seis centrais de recebimento (em Mafra, Campos Novos, Tangará, Aurora, Chapecó e Araranguá). Estas centrais são responsáveis pelo encaminhamento dos materiais a São Paulo, onde é feita a reciclagem para uso do plástico em produtos que não ofereçam riscos à saúde, como peças para a construção civil. Já as embalagens contaminadas são incineradas.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social