Os proprietários da empresa, de Chapecó, foram presos temporariamente na manhã desta quinta-feira (16/6). Eles são investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela prática dos crimes de estelionato, organização criminosa, falsificação de documentos, lavagem de capitais e delitos contra as relações de consumo.

De acordo com a investigação, conduzida pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), a fraude consistia na promessa e intermediação de vendas fraudulentas de cotas contempladas de consórcios, induzindo os consumidores em erro, mediante promessa de imediata liberação da carta de crédito.

Acreditando na legitimidade da cota oferecida à venda, os consumidores pagavam em espécie valores expressivos a título de entrada, assumindo prestações a perder de vista para quitação do saldo devedor da suposta carta de crédito.

Expressivo número de vítimas obteve a anulação dos contratos em ações judiciais. Invariavelmente, a empresa era condenada a reembolsar os valores recebidos, mas como ela não possuía bens em seu nome, os consumidores ficavam no prejuízo.

Nesta quinta-feira (16/6) foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, todos expedidos pelo Juízo da 1ª vara Criminal de Chapecó. Dois dos mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos em Curitiba, no Paraná, onde um dos investigados fixou residência. Os demais foram cumpridos em Chapecó.