18.09.2015

Transtornos mentais são doenças graves e precisam ser tratadas adequadamente

Esse foi um dos temas debatidos no evento promovido pelo MPSC com o objetivo de desmistificar o assunto e evitar o suicídio. O projeto integra a campanha Setembro Amarelo.

Foto do auditório lotado no evento sobre doenças mentais

Identificar causas, sintomas e tratamentos para diferentes tipos de transtornos mentais. Esse foi o objetivo do evento "Doenças Mentais: Falar para Prevenir, Conhecer para Tratar", promovido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), nesta sexta-feira (18/9). O encontro, com a presença de cerca de 200 participantes, teve a apresentação de quatro palestrantes para tratar do tema e discutir os preconceitos relacionados aos transtornos mentais.

"É com orgulho que o Ministério Público abre suas portas para esta iniciativa ligada ao mês do Setembro Amarelo, que pretende quebrar o tabu do tema suicídio e multiplicar o conhecimento dos tipos de doença e formas de prevenção", ressaltou no discurso de abertura a Coordenadora adjunta do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), Promotora de Justiça Caroline Cabral Zonta, uma das idealizadoras do evento.

Os quatro palestrantes presentes trataram dos principais fatores que podem levar ao suicídio como esquizofrenia, depressão e bipolaridade. Também foram debatidas as formas de tratamento para essas doenças.

Ao final das apresentações, foram feitas perguntas pelo público e os palestrantes discutiram sobre os temas apresentados. O evento fez parte do mês de prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo, o qual é apoiado pelo MPSC.



Esquizofrenia

O primeiro palestrante foi o Coordenador do Ambulatório de Esquizofrenia, psiquiatra Géder Evandro Motta Grohs, que esclareceu os sintomas e causas da esquizofrenia, considerada uma doença grave e que atinge aproximadamente 1% da população. Segundo Géder, poucos pacientes seguem corretamente o tratamento o que pode levar a uma evolução da doença até o suicídio. Outro dado sobre a doença é que 10% das pessoas que sofrem de esquizofrenia tentam o suicídio.



Depressão e bipolaridade

O Coordenador do Grupo de Estudos em Transtornos Afetivos, psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza, veio do Ceará para participar do evento. Ele tentou demostrar a diferença entre tristeza e depressão, além de destacar casos de bipolaridade. Cerca de 15% da população sofre de depressão e outros 5%, podem ser diagnosticados com bipolaridade. A depressão é duas vezes mais comum entre as mulheres e uma das explicações para esse fato são as pressões sociais.


Psicoterapia

A psicóloga Maria Cláudia Hoeschl Gonçalves Gomes encerrou as palestras falando sobre a importância da psicoterapia no tratamento de transtornos mentais. Ela apresentou, também, as diferenças conceituais entre esterótipo, preconceito e discriminação.


Suicídio

O presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), psiquiatra Eduardo Mylius Pimentel, chamou a atenção para outra triste realidade. "A evolução da medicina reduziu o número de mortes por várias doenças, mas não reduziu o suicídio". De acordo com as estatísticas, uma pessoa tenta se matar a cada 40 segundos, e o Brasil é o oitavo país em número de suicídios. São cerca de 30 por dia.


Sala imprensa

Acesse as fotos

A Coordenadoria de Comunicação do MPSC disponibiliza fotos do evento para download.


Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social