Seminário de acessibilidade: palestras da manhã focaram os conceitos de Desenho Universal, deficiência e mobilidade reduzida
"As limitações são nossas ou provocadas pelo espaço?", questionou a arquiteta e urbanista Isabela Fernandes Andrade, pesquisadora da universidade Federal de Santa Catarina e Diretora de Obras da Prefeitura de Concórdia, na sua palestra sobre "Desenho Universal", no 1º Seminário de Acessibilidade, realizado no dia 29 de abril em Chapecó. "Se o espaço estiver adequado, nossas limitações estarão superadas", observou.
Isabela explanou aos participantes o que é o "Desenho Universal", um conceito criado na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e que defende que os espaços sejam sempre planejados atendendo à diversidade humana. "Os projetos públicos deveriam ser planejados já com o desenho universal. Há tantas normas hoje e são tantos os instrumentos e órgãos de fiscalização que não podemos mais aceitar que um prédio seja construído sem o atendimento às normas de acessibilidade", afirmou Isabela.
A palestrante detalhou o conceito, mostrou fotos ilustrativas de bons e maus exemplos e destacou que o desenho universal quer equiparar as oportunidades. "O espaço precisa ser planejado e pensado para atender a todos, sem a necessidade de adaptação. O desenho universal atende a todos em caráter geral, mas a acessibilidade resolve apenas uma adaptação pontual, como, por exemplo, instalar uma rampa para o cadeirante. Mas e o cego, o surdo? Isso resolve somente o direito de quem tem dificuldade de locomoção", explicou. Além disso, destacou que os projetos pensados com o desenho universal têm um custo bem mais barato do que uma futura adaptação.
Isabela também chamou a atenção para o fato de que a maioria dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia e Design não contemplam o desenho universal e a acessibilidade espacial em seus currículos, nem mesmo como disciplina optativa. "Os profissionais que estão hoje no mercado concebendo os empreendimentos não receberam o conhecimento nos seus estudos acadêmicos. Eles sabem que existe a norma, mas precisam saber aplicá-la na prática, e isso é difícil", pontuou. Por isso ela destacou a importância de trocar experiências, inclusive com a população. "Se toda a sociedade cobrar, os projetos terão que ser adequados".
Em seguida, a fisioterapeuta Juliana Gonçalves da Silva Gerente explicou os conceitos de deficiência e mobilidade reduzida. Na palestra, a fisioterapeuta, Mestre no assunto, mostrou como se caracterizam as pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, para a partir daí criar formas de inclusão social.
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