A 33ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, com atuação na área da saúde, realizou nesta terça-feira (13/12) reunião para verificar as atuais condições do Setor de Emergência do Hospital Governador Celso Ramos.
A reunião foi motivada por representação do Corpo Clínico do Setor ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), formulada poucos dias antes da reinauguração da Emergência, quando funcionava provisóriamente em espaço restrito devido a reforma pela qual passava, que deu origem ao inquérito civil nº 06.2011.008291-7. O objetivo da reunião foi verificar quais pendências persistiam após a reinauguração e buscar as adequações necessárias.
Dos problemas apontados na representação, foi assegurado que a falta de recursos humanos foi solucionada com a contratação de 33 profissionais em caráter temporário até a contratação dos canditados que vierem a ser aprovados emconcurso público, cujo edital tem publicação prevista para a próxima semana. Da mesma forma, foi resolvida a falta de local para isolamento de pacientes com doenças infecto-contagiosas.
Já com relação a equipamentos, permenecem pendênciasno centro cirúrgico da emergência, as quais deverão serequacionadas em 60 a 90 dias. O processo de compra por licitação dos equipamentos faltantes está em andamento.
Também pedente está a sala de repouso do Setor de Emergência, hoje improvisada. A sala de repouso constava no projeto inicial de reforma do Setor, mas não pode ser contruída por problemas estruturais. Um novo projeto está sendo feito para a construção de uma sala de repouso ao lado da emergência.
Na reunião também foram iniciadas tratativas para adoção do sistema de classificação de risco de pacientes para atendimento referenciado, outro pleito dos médicos do Setor. Desta forma, seriam atendidos na Emergência do Hospital Governador Celso Ramos apenas os pacientes em estado grave e os casos de menor complexidade seriam encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) do Município.
A resolução desta questão, no entanto, depende da abertura de uma UPA para atendimento na região central de Florianópolis, hoje inexistente, além do Protocolo de Manchester de classificação de risco dos pacientes. Neste sentido, foram discutidos os encaminhamentos iniciais para implementar a solução apontada.
Participaram da reunião: a Promotora de Justiça Sonia Maria Demeda Groisman Piardi; do Hospital Governador Celso Ramos, Roman Leon Gieburowski, representando o Diretor-Técnico, Mario Cherem, Chefe do Serviço de Emergência do HGCR e o médico Felipe Barbieri Wohlgemuth; da Secretaria Municipal de Saúde, o Secretário Municipal, João José Candido da Silva, e Karin Geller, Mario Bastos e Iberê do Nascimento; Miguel Angelo Accetta, Diretor UPA Norte; da Secretaria Estadual de Saúde, o Superintendente dos Hospitais Públicos Libório Soncini, a Assessora Jurídica da Superintendência Renata Pereira Oliveira Corrêa, o consultor jurídico Hélio Lacerda e o Assessor da Consultoria Jurídica Edson Senna Martins Silva.