Quatro réus são condenados por homicídios que abalaram Bocaina do Sul
Na noite de 23 de setembro de 2022, os corpos de dois homens foram encontrados baleados e carbonizados dentro de um carro incendiado em Bocaina do Sul. As investigações apontaram para um crime praticado por quatro integrantes de uma facção criminosa, e todos eles foram julgados e condenados na última quinta-feira (07/11), com base na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A sessão do Tribunal do Júri aconteceu no fórum da comarca de Lages sob um forte esquema de segurança, que contou com a participação de três membros da Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional (CISI). Os trabalhos começaram às 8h30 e se estenderam até a meia-noite, totalizando mais de 15 horas.
Dois Promotores de Justiça conduziram a acusação: Fabrício Nunes, titular da 11ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages, e Alexandre Carrinho Muniz, representante do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI). Eles apresentaram as provas do crime, que teve a vingança como pano de fundo.
Segundo consta nos autos, um dos homens se relacionou com a ex-companheira de um dos réus e, por esse motivo, teve a morte decretada. Ele e a outra vítima foram atacados a tiros dentro do carro na principal avenida da cidade enquanto conversavam, e depois o veículo foi incendiado.
Três réus acompanharam o julgamento - o outro está foragido. Os jurados ouviram os depoimentos das testemunhas, os interrogatórios e os debates entre a acusação e os advogados de defesa, e decidiram condenar todos os réus por dois homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa) e organização criminosa. Três deles também foram sentenciados por porte ilegal de arma de fogo. A Justiça fixou as penas, respectivamente, em 33, 28, 26 e 24 anos de reclusão em regime fechado.
O Promotor de Justiça Fabrício Nunes disse que "a condenação é um marco importante no combate à criminalidade e à violência na região". Ele também agradeceu a participação do representante do GEJURI e dos membros da CISI. "Mais uma vez, esses profissionais contribuíram para que o Ministério Público representasse a sociedade e a justiça fosse estabelecida dentro de um ambiente seguro", concluiu.
Os três réus presentes no Tribunal do Júri foram reconduzidos ao presídio para cumprirem suas penas assim que o julgamento terminou. O processo tramita em segredo de justiça.
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