Prefeitura de Jaguaruna acata recomendação do MPSC e mantém atendimento
A Prefeitura de Jaguaruna acatou recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e voltou atrás na decisão de suspender o atendimento ao público até dia 5 de fevereiro e de outras medidas consideradas irregulares, previstas em dois decretos editados no dia 2 de janeiro.
Um dos decretos declarava Estado de calamidade administrativa e criava o Gabinete de Crise, autorizado a contratar serviços essenciais sem licitação e o outro decretava estado de calamidade financeira e suspendia o atendimento externo da Prefeitura.
Na recomendação, a Promotora de Justiça da Comarca de Jaguaruna, Elizandra Sampaio Porto, explica que existe previsão legal apenas para decretação dos Estados de Calamidade Pública e de Emergência e que ambos devem ser utilizados em razão de desastres naturais e que, em razão da magnitude dos danos, requerem auxílio imediato e autorizam a dispensa de licitações. Lembra, também, que estes decretos devem ser aprovados pelo Poder Legislativo.
A Promotora de Justiça alerta que a jurisprudência do Tribunal de Contas da União já fixou o entendimento que os transtornos normais ao desafio de administrar não configuram emergência ou calamidade e, ainda, que há necessidade de processo administrativo justificando a necessidade de ausência de licitação. "A decretação de estado de calamidade financeira não isenta a administração de cumprir com suas obrigações legais", ressalta Elizandra no documento.
Salienta ainda que a legislação não autoriza a descontinuidade do serviço público, e que não é legítimo o fechamento da Prefeitura Municipal. "Dificuldades organizacionais decorrentes da assunção de um cargo, todos administradores enfrentam, por não serem perpétuos no posto; mas, apesar disso, o sistema deve continuar, tanto gerenciando situações passivas, quanto atendendo as novas demandas", complementa a Promotora de Justiça.
Diante das irregularidades apontadas, a Promotora de Justiça recomendou, então, a reabertura da Prefeitura; a realização regular dos procedimentos licitatórios, avaliando cada caso; e que as deliberações devem ser realizadas pelo Chefe do Executivo, com a oitiva de seus secretários, e não por um gabinete de crise. A recomendação foi acatada pelo Prefeito.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
19/11/20252º dia do Congresso de Direito Eleitoral aborda fragilidades e desafios de novo Código
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente