MPSC apresenta denúncia contra padre em Forquilhinha
Após ter recebido o inquérito policial na última sexta-feira (13), o Ministério Público entendeu haver provas suficientes da prática dos crimes pelo religioso, razão pela qual deu início à ação criminal, para que os delitos sejam apurados em juízo e a acusação e a defesa possam apresentar as provas que tiverem a respeito dos fatos investigados, de acordo com o devido processo legal.
Na mesma ocasião, o Promotor de Justiça pediu o arquivamento do inquérito em relação a diversos outros casos de abuso noticiados nos autos, todos anteriores a agosto de 2009. Segundo a lei então vigente, as vítimas de crimes sexuais praticados sem violência ou grave ameaça deveriam manifestar em até seis meses a vontade de ver o agressor processado criminalmente, o que não ocorreu naqueles casos, que somente vieram à tona a partir da prisão do religioso, ocorrida no último dia 6.
A lei prevê um prazo de 60 dias para a realização da audiência de julgamento, período durante o qual o religioso poderá permanecer preso de forma preventiva, caso o Poder Judiciário entenda que se mantêm presentes os motivos que determinaram a prisão (garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal).
Mesmo com o oferecimento da denúncia, que inaugura uma nova fase do processo criminal, as investigações pela Polícia Civil devem prosseguir, já que têm chegado diariamente ao conhecimento das autoridades novos relatos de abusos sexuais praticados pelo pároco, ocorridos desde a década de 1980, nos diversos locais em que o religioso atuou, nos Estados de São Paulo e do Paraná, e também em municípios de Santa Catarina, como Ituporanga e Luzerna.
Ainda que esses crimes antigos não possam mais ser investigados ou punidos, o Ministério Público ressaltou a importância de que as vítimas e testemunhas continuem a procurar a Polícia e a Promotoria de Justiça, para prestar depoimento sobre os abusos que sofreram ou dos quais tiveram ciência, a fim de que as declarações sejam juntadas ao processo, com a garantia de sigilo, e sirvam como prova para influir na decisão do Poder Judiciário a respeito dos crimes ocorridos em Forquilhinha.
A pena prevista para cada um dos delitos atribuídos ao pároco é de 8 a 15 anos de reclusão. Caso ele venha a ser condenado, deverá cumprir a pena em regime inicial fechado, uma vez que a conduta de que é acusado - prática de ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos - é definida pela lei como crime hediondo.
Últimas notícias
03/10/2025MPSC fortalece combate ao crime organizado com foco em criptoativos e lavagem de dinheiro durante workshop
03/10/2025Entidades trazem ao MPSC preocupação com propostas legislativas que colocam em risco unidades de conservação de Florianópolis
03/10/2025Casal é condenado por tráfico de drogas em ação penal do MPSC
03/10/2025Réu é condenado a 63 anos de prisão por dois homicídios, tentativa de homicídio e corrupção de menores
03/10/2025Condenado em Joinville homem que atentou contra a vida de casal após desentendimento no trânsito
03/10/2025Pedinte que roubou mãe e filha em um parque em Videira e ainda praticou ato libidinoso é condenado em ação penal do MPSC
Mais lidas
03/10/2025Entidades trazem ao MPSC preocupação com propostas legislativas que colocam em risco unidades de conservação de Florianópolis
03/10/2025MPSC fortalece combate ao crime organizado com foco em criptoativos e lavagem de dinheiro durante workshop
03/10/2025Casal é condenado por tráfico de drogas em ação penal do MPSC
03/10/2025Condenado em Joinville homem que atentou contra a vida de casal após desentendimento no trânsito
02/10/2025MPSC assina Pacto pela Excelência pela Educação e reforça protagonismo na indução do ICMS Educação
03/10/2025Réu é condenado a 63 anos de prisão por dois homicídios, tentativa de homicídio e corrupção de menores