Kay Pranis, especialista em Justiça Restaurativa, conhece projeto Escola Restaurativa
Nesta quinta-feira (4/7), o Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (NUPIA) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recebeu a renomada especialista em Justiça Restaurativa Kay Pranis para discutir sobre a Justiça Restaurativa no MPSC e sobre o projeto "Escola Restaurativa". Durante o encontro, Pranis compartilhou importantes insights sobre as raízes da violência e a poderosa influência que as escolas podem exercer na promoção de mudanças culturais positivas.
Segundo Pranis, as causas primárias da violência estão profundamente enraizadas no isolamento, na ausência de relacionamentos significativos e nas desconexões sociais. Ela destacou que a escola é uma plataforma muito importante para promover mudanças culturais, pois reúne regularmente uma população diversa e proporciona um ambiente propício ao aprendizado e à prática de novos hábitos.
Pranis mencionou que, nos Estados Unidos, a metodologia dos círculos de construção de paz começou com os professores, enfatizando que é crucial que os educadores vivenciem essa experiência de autocuidado primeiro para então poderem transmiti-la aos alunos. "Quando os adultos estão saudáveis, eles podem cuidar com mais eficiência das crianças e adolescentes", explicou.
As escolas têm o potencial de cultivar ambientes onde os alunos possam desenvolver relacionamentos saudáveis e aprender a resolver conflitos de maneira construtiva, segundo a especialista. Isso facilita a prática contínua de hábitos restaurativos, essenciais para criar uma cultura de respeito e responsabilidade mútua.
Além disso, Pranis enfatizou o impacto positivo que as práticas restaurativas nas escolas podem ter fora do ambiente escolar. Os estudantes, ao vivenciarem essas práticas, podem levar essas experiências para suas famílias e comunidades, transformando a escola em um epicentro de mudanças sociais, que irradia efeitos benéficos para além de seus muros.
A Promotora de Justiça e coordenadora do NUPIA explicou o projeto "Escola Restaurativa", que já vem sendo implementado em algumas escolas de Santa Catarina. Esse projeto, uma iniciativa do Grupo Gestor de Justiça Restaurativa do Estado de Santa Catarina, visa criar um ambiente educacional mais inclusivo, seguro e conectado. A iniciativa busca não apenas reduzir a violência escolar, mas também fomentar uma sociedade mais coesa e solidária. Ao final da reunião, a coordenadora do NUPIA expressou alegria em ver como o projeto vem sendo desenvolvido, validado por Kay Pranis. A renomada especialista também se colocou à disposição para futuras reuniões de monitoramento do projeto.
O projeto Escola Restaurativa, inspirado pela visão de Pranis, está sendo implementado em escolas de Santa Catarina. A reunião com Kay Pranis reforçou o compromisso do Ministério Público em apoiar essas práticas restaurativas e destacou a importância de investir em programas que fortaleçam os vínculos sociais e promovam uma cultura de paz.
"O custo-benefício desse projeto é muito positivo. Com intervenções de baixo custo, impacta-se uma grade número de atores da rede escolar. Os benefícios vão desde a melhora da convivência escolar e a diminuição de atos de indisciplina até o aumento dos níveis de aprendizagem", disse a Promotora de Justiça Analú Librelato Longo.
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