Instituições se unem para prevenir o uso de drogas em SC
Em Santa Catarina, 70% dos assassinatos estão direta ou indiretamente ligados ao tráfico de entorpecentes. Para desenvolver políticas públicas voltadas à prevenção do uso de drogas no Estado, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SC) firmaram uma parceria para estimular a criação de novos Conselhos Municipais de Entorpecentes (COMENs) e melhorar o funcionamento dos que já existem.
O Termo de Cooperação, assinado na Procuradoria-Geral de Justiça, em Florianópolis, na semana passada (11/06), será desenvolvido com a distribuição de um guia sobre como os conselhos podem atuar e com informações sobre serviços de saúde disponíveis pelo SUS para o usuário de drogas e dependente químico. O material será entregue aos municípios, às organizações e à comunidade em geral. Os signatários do termo irão se reunir semestralmente para avaliar o resultado do trabalho.
O papel dos Conselhos Municipais de Entorpecentes é de participar da formulação de políticas públicas locais planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano e voltadas à prevenção do uso de drogas, ao incentivo à educação para a vida saudável e ao acesso aos bens culturais. Além disso, os conselhos atuam na fiscalização e orientação de entidades que desenvolvem atividades de recuperação e reinserção social de dependentes de drogas.
"A integração entre os órgãos que lutam para minimizar os problemas causados pelo tráfico de drogas é fundamental para levar o debate sobre o tema aos municípios e encontrar soluções eficientes para reprimir a venda de entorpecentes e recuperar os usuários", comentou o Chefe do MPSC, Sandro José Neis, durante o evento.
O Secretário Estadual da Segurança Pública, César Augusto Grubba, também presente na assinatura do termo de cooperação, afirmou que "é preciso aprender a trabalhar no combate às drogas e no cuidado aos viciados". De acordo com um levantamento recente realizado pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), dos 295 municípios catarinenses somente 109 possuem Conselhos Municipais de Entorpecentes, dos quais apenas 33 são ativos.
O Presidente da FECAM e Prefeito de Chapecó, José Caramori, acredita que a prevenção é a melhor forma de combater o tráfico. Como Prefeito, ele instituiu, em 2010, um conselho em Chapecó. A lei que criou esse conselho é modelo estadual. "A Federação está engajada no projeto e coloca-se à disposição das administrações municipais para auxiliar no que for necessário", comentou Caromori, no encontro.
Para o Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) do MPSC, Procurador de Justiça Alexandre Herculano Abreu, "a luta contra as drogas é, muitas vezes, inglória, pois temos um sistema desorganizado combatendo uma organização bem alinhada. Por isso, é necessário que tenhamos políticas públicas eficientes e que a sociedade esteja ao nosso lado."
O incentivo para criação e atuação dos Conselhos Municipais de Entorpecentes está previsto no Plano Geral de Atuação de 2015 do MPSC e faz parte do Programa Prevenção ao Uso de Drogas e Garantia de Atenção ao Usuário do planejamento estratégico da Instituição.
De acordo com a Política Nacional sobre Drogas, cada Município deve desenvolver políticas de prevenção adequadas às peculiaridades locais, mediante ações planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano.
programa alcance: a atuação do MPSC contra o tráfico de drogas
O programa Alcance mostra como este crime contamina os mais diferentes setores da sociedade e de que forma promotores e procuradores de Justiça trabalham para combatê-lo.
CAMPANHAS E PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
SAIBA MAISO Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) é o responsável pelo suporte técnico-jurídico aos Promotores de Justiça e, também, pelo desenvolvimento de campanhas, programas e parcerias para a prevenção e conscientização sobre os problemas mais comuns nessa área.
VÍDEOS
O que o MP faz para ajudar os usuários de drogas?
Os usuários de drogas também devem ter os seus direitos garantidos, por isso o Ministério Público atua em defesa do tratamento desses dependentes químicos.
O que o MP faz para contribuir com as comunidades terapêuticas?
O Ministério Público tem a função de defender a sociedade e, por isso, a instituição atua em diversas áreas para que os direitos dos cidadãos sejam preservados. Um dos papeis do MP é colaborar com o tratamento dos usuários de drogas nas comunidades terapêuticas. Assista ao vídeo para saber mais.
De que forma o MP atua para que o dependente químico tenha um tratamento justo?
A dependência química é um problema que abrange não só a saúde dos usuários de drogas, mas também põe em risco a segurança da população. Saiba mais assistindo ao vídeo.
Conselhos Municipais de Entorpecentes (COMENs)
Saiba maisO Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN) é um órgão colegiado constituído por 22 membros titulares e igual número de suplentes. Vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o CONEN existe para deliberar, normatizar e executar a política estadual de prevenção, fiscalização, recuperação e repressão de entorpecentes no Estado, em consonância com os objetivos da Política Nacional Sobre Drogas.
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