Contestado: o papel das forças estaduais
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O Seminário Nacional 100 Anos da Guerra do Contestado teve continuidade na manhã desta sexta-feira (3/08), com palestras de Janary Maranhão Bussmann, do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (IHGPR), de Miguel Frederico do Espírito Santo, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRS) e do Professor Rogério Rosa Rodrigues, da UDESC. Também participou da mesa, que teve como tema O Exército Brasileiro e as Forças Estaduais no Contestado , o General Aureliano Pinto de Moura, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
O evento, promovido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), aconteceu no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis, até sexta-feira (3/08).
O objetivo do seminário foi discutir temas ligados à Guerra do Contestado, como a ocupação da terra no local do conflito, empreendimentos econômicos na região, religiosidade popular, Exército Brasileiro, memória e patrimônio do Contestado, entre outros assuntos, além da apresentação de filmes históricos. Os resultados da etapa de Santa Catarina serão apresentados no Seminário Nacional, que acontece em setembro, na cidade do Rio de Janeiro. A Guerra do Contestado ocorreu em Santa Catarina entre os anos de 1912 e 1916 e foi uma das maiores revoltas populares da história brasileira.
O período vespertino do último dia do evento - que terá conferência de encerramento proferida pelo Deputado Federal Esperidião Amin - terá mais duas mesas redondas, com os temas Contestado e religiosidade popular e Contestado: Memória e Patrimônio. A última mesa contará com a participação do folclorista e compositor Vicente Telles, criador do Museu do Contestado e, mais recentemente, do Memorial do Contestado.
Neto de jagunço, por parte de mãe, e de coronel, por parte de pai, Vicente Telles explica que "o Contestado não podia ficar entre quatro paredes. Sua história deveria ser levada ao povo. Foi aí que surgiu a ideia de abrir o museu". Foi na década de 1980 que tudo começou, com a criação de quadros cênicos e desfiles que levavam às ruas de Irani os grandes líderes do Contestado: Zé Maria, Maria Rosa, Chica Pelega, Matos Costa e outros. Apesar de focar mais no lado dos oprimidos que, segundo Telles, não tiveram voz, o outro lado também é retratado, ou seja, as histórias dos coronéis e líderes do exército.
Há cerca de 10 anos, o Museu Histórico do Contestado foi doado para a Fundação Cultural Memória Viva do Contestado e passou a ser gerido pela prefeitura de Irani. No museu, é possível encontrar coleções de fotos da época, documentos, artes, esculturas em madeira e símbolos como a bandeira. Com a intenção de transformar o Contestado em algo vivo, Telles criou o Memorial do Contestado, que funciona em sua própria casa. Para o folclorista, esse é um patrimônio imaterial, com músicas, teatro, dramatizações e coreografias. "Trabalhamos com foco na formação. Trabalhamos com o sentimento. Criamos todos os símbolos do Contestado, que são resgatados e utilizados em sala de aula".
Para o folclorista, "o Memorial tem alma, não é uma coisa morta". O Memorial nasceu há cerca de cinco anos, como um projeto pessoal de Vicente Telles, que adaptou em sua própria casa um espaço para cantar e contar as histórias com as caravanas de estudantes que recebe de todo o país. Telles revestiu as paredes de sua sala com bambus e trouxe símbolos como o gorro de jaguatirica do monge, o chapéu de fita branca, que representava os seguidores do monge, o facão de madeira, o nó de pinho - símbolo de resistência -, entre outras coisas.
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