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08.03.2016

Conheça a atuação do MPSC na defesa dos direitos das mulheres

Apesar de leis específicas para proteger as mulheres da violência de gênero, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, muito ainda precisa ser feito. Por isso o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promove ações e participa de campanhas para coibir os crimes contra a mulher.



"O Ministério Público de Santa Catarina tem desenvolvido estratégias visando promover e efetivar a cultura da paz no ambiente familiar por meio de ações efetivas, como o lançamento e a participação em campanhas educativas. Também formamos o grupo temático de enfrentamento à violência contra a mulher, constituído por membros da Instituição, através do qual pretende impulsionar projetos para efetividade da Lei Maria da Penha, notadamente o rompimento do ciclo de violência contra a mulher", explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do MPSC, Promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior.


MPSC ENGAJADO EM CAMPANHAS DE PROTEÇÃO À MULHER

Dentre as campanhas em que o MPSC é parceiro estão:

Campanha Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.

Fomentada pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), o qual tem como objetivo promover ações de prevenção, esclarecendo a sociedade e estimulando o oferecimento de denúncias que permitam proteger as vítimas e punir seus agressores.

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Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha - A lei é mais forte

Que visa unir e fortalecer os esforços nos âmbitos municipal, estadual e federal para dar celeridade aos julgamentos dos casos de violência contra as mulheres e garantir a correta aplicação da Lei.

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Justiça pela Paz em Casa

O MPSC também participou da campanha, mobilização iniciada pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de sua Vice-Presidente, Ministra Cármen Lúcia. Realizada em três etapas, a campanha foi inaugurada com o Mutirão Mulher em Março e seguiu durante todo o ano de 2015, promovendo ações de enfrentamento à violência contra a mulher, principalmente a priorização de processos criminais relacionados ao tema.

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Leis protegem mulheres contra a violência

Uma das grandes conquistas em busca da prevenção à violência foi o sancionamento da Lei Maria da Penha, a qual cria mecanismos para punir e erradicar a violência contra a mulher e, em 2016, completa 10 anos de sua publicação. A lei é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento a esse tipo de crime.

A Lei Maria da Penha alterou o Código Penal brasileiro, tornando mais rígidas as penas para casos de violência doméstica. Ela determina que todo o ato violento - doméstico ou intrafamiliar - é crime, o qual deve ser apurado em inquérito policial e remetido ao Ministério Público. Desta forma, é permitido que os agressores sejam presos em flagrante ou preventivamente. O nome da Lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, que foi vítima de duas tentativas de homicídio por parte de seu então marido. Após quase 20 anos sem julgamento do caso, o Estado Brasileiro foi denunciado à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por omissão, oportunidade em que foi recomendada celeridade e efetividade na conclusão do processo penal movido contra o agressor e a adoção de uma legislação adequada a esse tipo de violência. A partir desse fato deu-se início ao projeto de criação da lei.

A Lei nº 13.104 , publicada em março de 2015, altera o Código Penal para prever o homicídio de mulheres por questão de gênero, o chamado feminicídio , como um tipo de homicídio qualificado e considerado crime hediondo. Isso quer dizer que quando o crime de homicídio é praticado contra a mulher, por questão de gênero, envolvendo violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher, é considerado qualificado.

saiba mais sobre a Lei Maria da Penha saiba mais sobre a lei do Feminicídio



Para recorrer ao MPSC em casos de violência doméstica, ligue 180 ou compareça a Promotoria de Justiça mais próxima. As informações são repassadas às Promotorias de Justiça com atuação específica na área. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone (móvel ou fixo). O serviço funciona 24 horas por dia, inclusive nos feriados. O serviço Ligue 180 fornece orientações e alternativas para que a mulher se proteja do agressor. A vítima é informada sobre seus direitos legais e os tipos de estabelecimentos que poderá procurar, conforme o caso.


AS MULHERES DO MPSC

Como forma de refletir sobre a atuação da mulher dentro da carreira jurídica, o MPSC lançou, em 2015, o livro "História de Vida volume III - Mulheres do Direito, mulheres no Ministério Público". A obra traz 17 entrevistas com mulheres pioneiras a atuarem pelo MPSC e foi lançada em cerimônia oficial em outubro de 2015.    O exemplar é uma reflexão inédita sobre o aumento da participação feminina no Direito e relata as situações vividas por Promotoras e Procuradoras de Justiça e uma servidora que auxiliaram no processo de construção do Ministério Público de Santa Catarina. O Memorial do MPSC, setor responsável pela produção do livro, trabalhou por quatro anos para concluir o exemplar.    Este foi, também, o primeiro livro brasileiro prefaciado pela professora da Universidade das Artes da Filadélfia Camille Paglia, historiadora feminista norte-americana que já foi considerada uma das 100 mulheres mais influentes do planeta.



O Memorial do MPSC disponibiliza gratuitamente o livro "Mulheres do Direito, mulheres no Ministério Público". Para solicitar o seu, envie um e-mail para memorial@mpsc.mp.br e envie seu nome completo, endereço (com CEP e cidade) e aguarde.

Enviaremos a obra no seu endereço.




Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC