Avaí e Figueira se comprometem a reforçar segurança no clássico
Representantes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), da Federação Catarinense de Futebol (FCF), dirigentes do Avaí e Figueirense reuniram-se na tarde desta quarta-feira (09/5) para discutir ações de segurança para os jogos de futebol envolvendo os dois clubes. A proposta inicial apresentada pela PMSC à 29° Promotoria de Justiça da Capital, era de realizar os próximos clássicos apenas com a presença da torcida do time mandante (torcida única), mas a ideia foi descartada.
Segundo o Coronel Júnior, responsável pela 1ª Região da Polícia Militar (atuante na área do Continente), a PM tem percebido um aumento nos conflitos entre as duas torcidas, principalmente após a liberação das bebidas alcoólicas dentro dos estádios. Os presidentes dos clubes da Capital reconheceram a existência de agressões entre torcidas, mas acreditam que o número não tem aumentado recentemente.
Para os presidentes do Figueirense, Cláudio César Vernalha de Abreu, e do Avaí, Francisco José Battistotti, a razão principal para ainda existirem agressões entre torcidas é a impunidade dos agressores. Segundo os dirigentes, a proposta de torcida única não seria uma solução prática para coibir a violência nos estádios.
Com base nas discussões, foram definidos três encaminhamentos. O primeiro trata do posicionamento dos dirigentes dos dois times. Ambos se comprometeram a reforçar a orientação a seus atletas e comissões técnicas de evitarem provocações, brigas e quaisquer atitudes antidesportivas.
Foi decidido também que a Polícia Militar deverá produzir um relatório das eventuais ocorrências registradas durante o próximo jogo envolvendo Figueirense e Avaí, para que se promova um estudo de caso e, futuramente, se adotem outras medidas no combate à violência.
Na última decisão tomada na reunião, a FCF se compromete a editar, já nesta quinta-feira (10/5), uma Resolução proibindo a colocação de qualquer tipo de faixa fixa em todos os setores dos estádios de futebol em Santa Catarina. A exigência foi solicitada pela PM sob alegação de que faixas instaladas em alambrados e parapeitos dificultam a visualização de todos os espaços e corredores das arquibancadas, limitando a ação da Polícia no combate a brigas de torcida.
Para o Promotor de Justiça Eduardo Paladino o resultado da reunião foi positivo. "A reunião, como esperado, foi extremamente produtiva e contou com as presenças dos mandatários da Federação Catarinense de Futebol, Avaí e Figueirense, todos apresentando importantes sugestões e também assumindo compromissos para a melhoria das condições de segurança daqueles que frequentam os estádios de futebol. De forma conjunta, concluiu-se que não seria necessária, pelo menos nesse momento, a proibição de presença da torcida visitante, mas que será realizado cuidadoso monitoramento da situação, nos próximos jogos envolvendo disputa entre os clubes da Capital, para análise da eventual necessidade futura de aplicação de medidas mais restritivas", disse.
Além do Promotor de Justiça Eduardo Paladino, estavam presentes o presidente da FCF, Rubens Renato Angelotti; o procurador jurídico da FCF, Rodrigo Goeldner Capella; os Tenentes da Polícia Militar Marcelo Pontes, e Sandro Cardoso da Costa; o assessor de comunicação do Figueirense, Ronaldo Nascimento; e o advogado do Avaí, Sandro Barreto.
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