15.07.2016

Relançamento da campanha "Adoção Laços de Amor" incentiva adoções tardias

A proposta nesta retomada da campanha é ir além de sensibilizar a sociedade para os tipos de adoção que fogem do perfil procurado pela maioria dos interessados em adotar, como a de crianças mais velhas ou adolescentes, a de grupos de irmãos, a inter-racial e a de crianças e adolescentes com deficiência.
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"Não esperem para adotar um recém-nascido, lembrem-se que existem outras crianças que estão esperando um carinho e amor de pais", está frase foi dita por Marizete de Oliveira, mãe de Guilherme e Gustavo, ambos adotados e irmãos biológicos, durante o relançamento da campanha "Adoção - Laços de Amor" na manhã desta sexta-feira (15/07) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC).

A proposta nesta retomada da campanha é ir além de sensibilizar a sociedade para os tipos de adoção que fogem do perfil procurado pela maioria dos interessados em adotar, como a de crianças mais velhas ou adolescentes, a de grupos de irmãos, a inter-racial e a de crianças e adolescentes com deficiência. Pesquisas apontam que 80% dos inscritos desejam adotar crianças com até três anos, preferencialmente meninas e sem irmãos, um perfil que vai na contramão do das crianças aptas para adoção em Santa Catarina - acima de oito anos. Os dados foram apurados pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja).

A campanha, nesta nova etapa, também pretende desenvolver medidas práticas que tornem o processo de adoção mais fácil e ágil. Em Santa Catarina, há cerca de 2.500 pretendentes habilitados a adotar, mas muitas das 1.458 crianças e adolescentes em programas de acolhimento não estão em condições de adoção.

O Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Promotor de Justiça Marcelo Wegner, que na oportunidade representava o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Sandro José Neis, afirmou que este é o momento de rever os erros e equívocos dos órgãos nos processos de adoção.

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"Hoje o nosso objetivo é tocar cada cidadão que tenha o desejo de adotar uma criança, mas ainda esbarra em algumas inseguranças, como a idade. Por isso resolvemos apresentar casos de adoção tardia que servem como bons exemplos", afirmou o Promotor de Justiça.

As novas peças publicitárias da campanha apresentam a família Medeiros, que adotou Ana Cláudia quando ela tinha quatro anos idade. Os pais, Denise Maria Espíndola e Paulo Ernesto Medeiros, destacaram que, no início, sentiam medo da experiência de serem pais novamente, mas que todo mudou quando Ana falou o primeiro "pai" e "mãe".

Outra peça mostra a história da família Santos. Marizete de Oliveira e Reginaldo Jorge Santos adotaram Guilherme, com nove anos, mas não pretendiam adotar o irmão mais velho dele, Gustavo, de 15. Após receberem o jovem em um final de ano, para que ele pudesse passar com o irmão, Marizete e Reginaldo não conseguiram simplesmente deixá-lo voltar à casa lar. Marizete relata, emocionada, que parece que ele sempre fez parte daquela família. Após alguns meses Gustavo também foi adotado pelo casal.

Essas e outras histórias de adoções como a da família Lopes, Nunes, Osaida e Marchi podem ser acessadas neste link .

A campanha e todas as ações envolvidas fazem parte de uma parceria conjunta entre Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público de Santa Catarina, Ordem dos Advogados do Brasil, Secretarias de Estado da Assistência Social e de Saúde, Defensoria Pública, Federação das Indústrias e Federação Catarinense dos Municípios.




Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC com informações da Agência AL (Alesc).