15.03.2022

No Dia do Consumidor, assista a uma entrevista sobre a atuação do MPSC na defesa da coletividade

Entre as ações está o programa "Criação e fortalecimento dos Procons municipais", do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MP catarinense, que já contabilizou 10 novos órgãos municipais de defesa do consumidor, beneficiando 165 mil pessoas.

Neste dia 15 de março, Dia do Consumidor, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) destaca o trabalho que vem desenvolvendo na defesa da sociedade catarinense quando o assunto são os bens de consumo. Nesse sentido, comemora a criação de 10 novos Procons municipais a partir do trabalho desenvolvido no programa "Criação e fortalecimento dos Procons municipais", eleito como prioritário, na área do consumidor, para a atuação do MPSC no biênio 2022-2023, dentro do seu Plano de Geral de Atuação.

O objetivo do programa, num primeiro momento, é sensibilizar os gestores locais quanto à importância de que seja oferecida uma estrutura mínima de atendimento ao consumidor nos municípios, com o foco voltado, especialmente, para os municípios-sede de comarca que ainda não possuem o Procon em funcionamento. Com as reuniões, representantes do Executivo e do Legislativo dos municípios são munidos de informações para viabilizarem a criação desse órgão, que garante os direitos individuais do consumidor.

Acompanhe a entrevista com o Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Promotor de Justiça Eduardo Paladino, que fala sobre o programa e o trabalho do MPSC na defesa do consumidor.

Promotor, quais são as situações mais frequentes em que os Promotores de Justiça de defesa do consumidor têm atuado para defender o cidadão catarinense?

A atuação do MP, como bem referido, é sempre voltada à defesa da coletividade, de seu patrimônio e saúde, com especial atenção para a proteção da vida dos consumidores. Assim agimos, por exemplo, fiscalizando a produção e o comércio de produtos de origem animal e retirando do mercado aqueles considerados impróprios para o consumo, monitorando a presença de resíduos de agrotóxicos nos alimentos vegetais e a qualidade da água de abastecimento e desenvolvendo ações para a retirada do mercado de produtos que comprovadamente causam danos à saúde do consumidor e de utilização proibida em todo território nacional, como os chamados cigarros eletrônicos e as câmaras de bronzeamento artificial, para isso contando com o apoio de diversas entidades parceiras.

E para que os consumidores tenham cada vez mais acesso aos seus direitos, o MP catarinense desenvolve o programa "Criação e fortalecimento dos Procons municipais", com o intuito de ampliar o número de Procons nas cidades do estado. Promotor, como está este trabalho iniciado em 2020?

O programa "Criação e fortalecimento dos Procons municipais" foi eleito como prioritário para a atuação do MPSC, na área do consumidor. Já somos, proporcionalmente, o estado com o maior número de Procons municipais, mas ainda podemos e queremos avançar. Vale dizer que, naqueles municípios que não oferecem atendimento pelo Procon, os consumidores que possuem alguma reclamação de natureza individual costumam ficar completamente desprotegidos, na medida que o MP, como sabemos, só possui legitimidade para atuar na defesa da coletividade e que esses consumidores, via de regra, não detêm conhecimento jurídico para peticionar diretamente nos Juizados Especiais, sendo que o dano sofrido, muitas vezes, também não justifica a contratação de um advogado e o pagamento dos honorários desse profissional. Portanto, nesses municípios, por não ter a quem recorrer e por desconhecer a existência de importantes ferramentas digitais à disposição de todos os cidadãos, o consumidor acaba tendo que absorver o prejuízo sofrido. Mas, com o fundamental apoio das Promotorias de Justiça de defesa do consumidor, estamos evoluindo muito bem nas reuniões com prefeitos e vereadores. Já contabilizamos 10 novos Procons municipais, desde o início do programa, beneficiando cerca de 165 mil pessoas, além de outros projetos de lei para a criação de Procons tramitando nas Câmaras de Vereadores. Nosso esforço é para que todos os consumidores catarinenses tenham acesso a esse serviço fundamental, seja em seu próprio município ou por meio do funcionamento de Procons regionais.

Para encerrarmos, quais cuidados o cidadão deve ter em uma relação de consumo e quais órgãos procurar caso tenha algum problema?

São cuidados básicos, que todos devemos ter, para evitar cairmos em armadilhas e golpes, cada vez mais frequentes, principalmente com a recente expansão do comércio eletrônico. Fazer pesquisa de preços, não acreditar em supostas ofertas de produtos e serviços por preços irrisórios, sempre desconfiar de esquemas que prometem rápidos e vultosos ganhos financeiros e consultar a reputação do fornecedor, por exemplo, são cuidados fundamentais que precisamos cultivar em qualquer relação de consumo, sempre denunciando quaisquer práticas abusivas aos órgãos oficiais de proteção e defesa do consumidor - no caso, os Procons estadual e municipais - e também ao MP, por suas Promotorias de Justiça com atuação na área do consumidor, nas situações de possíveis danos à coletividade.

Rádio MPSC

A entrevista também está disponível em áudio! Ouça aqui no Portal da Rádio MPSC ou nas plataformas de streaming de podcasts.

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Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social