18.05.2016

Município cumpre etapa de acordo do MPSC para regularização de bairro em Tijucas

Acordo foi firmado em ação judicial ajuizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Tijucas para executar TAC descumprido pelo Município.

Como parte de acordo judicial firmado com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Prefeitura de Tijucas encaminhou ao Fórum da Comarca uma ação declaratória para regularização fundiária da primeira quadra do Jardim Progresso.

O envio da ação declaratória é dos requisitos de ação da 2ª Promotoria de Justiça de Tijucas para efetivar o cumprimento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) referente a regularização do bairro Jardim Progresso. A Prefeitura havia se comprometido a regularizar o bairro o TAC em 2004 TAC, porém, não cumpriu o acordo firmado com o MPSC.

A partir do descumprimento, o Promotor de Justiça Fred Anderson Vicente estabeleceu, em 2014, um acordo judicial com o prefeito para garantir a regularização do bairro . Segundo o termo, foi estabelecido ao Município a apresentação de um plano de regularização fundiária da área ocupada por cerca de 900 famílias, sendo aplicado por meio do Programa Lar Legal. Dentre outras obrigações estão a pavimentação de via local, construção de unidade escolar e de Unidade Básica de Saúde e diagnóstico socioambiental para evitar que áreas de preservação permanente ou de risco permaneçam ocupadas.

O Programa Lar Legal consiste em ações planejadas com a finalidade de assegurar às famílias em estado de vulnerabilidade social a obtenção dos títulos de propriedade dos terrenos irregularmente ocupados. O trabalho é executado de forma multidisciplinar com apoio do MPSC, Governo do Estado, Município e Tribunal de Justiça, que tem o poder de conceder as escrituras públicas.

Desde janeiro, a Prefeitura realiza o cadastramento dos moradores com imóveis no Jardim Progresso. Os registros tem como objetivo conceder o título de propriedade definitiva das residências locais. Além disso, o cadastro serve para conscientizar o Município sobre a realidade de cada família.

Legalização do terreno

A área ocupada foi doada pela União para o Município no ano de 1951, onde foi construído um posto agropecuário. No entanto, cerca de 26 hectares da área total não foram usados e famílias de baixa renda começaram a instalar imóveis irregulares no local, o que caracterizou o maior processo de favelização no município.




Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC