MPSC participa de audiência pública nacional sobre Lei do Superendividamento
O Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CCO) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e Presidente, em exercício, da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor MPCON), Promotor de Justiça Eduardo Paladino, participou, nesta quinta-feira (21/10), de Audiência Pública promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que teve como objetivo discutir e propor alternativas para a composição do conceito de "mínimo existencial", previsto na regulamentação da Lei nº 14.181/21, conhecida como a Lei do Superendividamento.
Na Lei 14.181/21, classifica-se como superendividada a pessoa de boa-fé que não consegue mais garantir o pagamento de suas dívidas, incluindo as que ainda vão vencer, sem comprometer o valor básico para que uma pessoa viva com dignidade, nos termos da regulamentação. Portanto, a definição do "mínimo existencial" terá importantíssima repercussão para a implementação da nova Lei.
Na oportunidade, o coordenador do CCO, em posicionamento também defendido por vários outros órgãos e entidades de defesa do consumidor, argumentou que a compreensão do mínimo existencial tem origem constitucional e deve assegurar a necessária fruição dos direitos fundamentais e sociais previstos na Carta Magna de 1988, como os direitos à alimentação, saúde, moradia, transporte, educação e lazer, de modo que seja respeitado o princípio da dignidade da pessoa humana.
"A Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor entende que a definição do mínimo existencial não pode alcançar uma interpretação taxativa e restritiva, com base, por exemplo, apenas em determinado percentual do salário mínimo ou da remuneração do consumidor, tampouco tendo por fundamento qualquer outro parâmetro absoluto, inflexível, mas deve abranger conceito jurídico indeterminado e ser estabelecido, caso a caso, conforme a situação concreta e a possibilidade de pagamento de cada consumidor, garantidos os recursos para a digna subsistência sua e de sua família", destacou Paladino.
Participaram da Audiência Pública, dentre outros, representantes dos: Institutos de defesa do consumidor como o SINDEC e o BRASILCON, Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor, Procons municipais, Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, e representantes dos fornecedores como a Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN e Associação Brasileira dos Supermercadistas - ABRAS.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
19/11/20252º dia do Congresso de Direito Eleitoral aborda fragilidades e desafios de novo Código
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente