O Promotor de Justiça Ricardo Paladino ajuizou, na tarde desta quarta-feira (22/5), a denúncia contra o segurança Leandro Emílio da Silva Soares por cárcere privado, estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver, além de porte irregular de munição. As investigações policiais concluíram que ele foi o responsável pela morte da estudante Mara Taynara, de 19 anos, no dia 1º de maio deste ano, em Joinville.

Segundo a denúncia, Leandro, em nenhum momento, deu chance alguma de defesa à vitima: primeiro ele a fez desmaiar com um golpe de "gravata'', assim que os dois entraram na casa dele; em seguida, com ela ainda inconsciente, o segurança a despiu, amarrou-a pelos tornozelos e pelos punhos, e a estuprou; entre as 16h e as 22h do mesmo dia, o segurança sufocou a vítima, que permanecia amarrada, provocando a morte dela.

O homicídio teria ocorrido para evitar que os crimes de estupro e cárcere privado fossem descobertos. O corpo da estudante, esquartejado, foi encontrado no dia 3 de maio. Segundo o Promotor de Justiça Ricardo Paladino, os atos cometidos por Leandro Emílio da Silva ferem os artigos 121, § 2º, incisos III (asfixia), IV (dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e V, artigo 148, § 1º V e § 2º, artigo 217A, § 1º, e artigo 211, todos do Código Penal, e artigo 12 da Lei n. 10.826/2003. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, o segurança será levado a Júri Popular e poderá ser condenado a até 59 anos de prisão.