26.05.2015

MPSC ajusta multa para empresas que comercializavam alimentos impróprios

Por meio da 11ª Promotoria de Justiça de São José, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) firmou Termos de Ajustamento de Conduta com dois estabelecimentos comerciais do município para reparar os danos causados devido à venda de alimentos impróprios para consumo. As irregularidades foram constatadas em ações do Programa Alimento Sem Risco e do Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal, ambos conduzidos pelo MPSC.

A assinatura de um dos termos ocorreu após ser identificada, em fiscalização prévia, a venda de carnes fracionadas e reembaladas sem serviço de inspeção por responsável técnico. Para regularizar as falhas, a empresa se comprometeu a comercializar apenas produtos adequados para consumo conforme prevê a legislação federal, estadual e municipal, além de manter os produtos adequadamente armazenados e embalados, não comercializar produtos com prazo de validade expirado, sem inspeção pelos órgãos oficiais ou sem identificação de procedência. Caso as medidas ajustadas sejam descumpridas, será imposta multa de R$1 mil acrescidos de R$100 por quilo de produto apreendido.

O outro acordo faz referência às medidas que devem ser adotadas por um estabelecimento que comercializou pepinos com resíduos de agrotóxico em desacordo com os padrões legais. No termo, a Promotora de Justiça Luciana Rosa ajustou novas condições para venda de frutas, verduras e hortaliças, que preveem a informação adequada sobre o produto ao consumidor, com a inscrição do produtor, identificação do produto, peso e data da embalagem. O estabelecimento também comprometeu-se a não adquirir, por três meses, nenhuma espécie de hortifrutícola do mesmo produtor em que foi observada a irregularidade. Caso não atenda ao previsto no Termo de Ajustamento de Conduta, o estabelecimento pagará multa de R$5 mil.

Como medida compensatória pelos danos causados aos consumidores, os estabelecimentos pagarão multa de R$2 mil ao fundo para a Reconstituição de Bens Lesados (FRBL).

PROGRAMA ALIMENTO SEM RISCO (PASR)

O programa tem como objetivo preservar a saúde dos consumidores e dos produtores agrícolas e prevenir a ocorrência de danos ao meio ambiente. Veja como o PASR atua:

· monitora alimentos vegetais suscetíveis ao uso de agrotóxicos;

· adota ação eficaz de rastreamento de alimentos;

· fomenta a criação de estrutura pública para análise periódica de resíduos de agrotóxicos em alimentos;

· controla o uso de agrotóxicos na produção de alimentos;

· aprimora o controle de receituários agronômicos;

· fiscaliza e veda a comercialização, no Estado de Santa Catarina, de agrotóxicos proibidos nos países de origem.


Programas que protegem a saúde do consumidor

O Ministério Público de Santa Catarina desenvolve o Programa Alimento Sem Risco (PASR) com intuito de evitar o consumo de alimentos com a presença indevida de agrotóxicos. Assim como o PASR, o Ministério Público também visa à proteção dos consumidores com o Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA), que tem como objetivo fiscalizar alimentos como carnes, leite e ovos.


Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA)

O programa tem como objetivo proteger a saúde e a vida dos consumidores  de alimentos de origem animal, sobretudo de carnes e seus derivados . Para isso, realiza uma série de ações: reprime a produção e a comercialização de produtos de origem animal impróprios ao consumo, realiza operações de orientação e fiscalização no comércio e na produção de produtos de origem animal e derivados, fomenta a regularização dos estabelecimentos industriais e comerciais que operam na clandestinidade ou de forma irregular, combatendo a concorrência desleal e contribuindo, inclusive, para o incremento da economia estadual.

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Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC