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27.05.2015

Associação Resgate de Vidas deverá comprovar melhorias no atendimento aos internados

A Justiça determinou à Associação Beneficente Resgate de Vidas que comprove a correção das irregularidades constatadas pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros. A decisão ocorreu após o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ter ajuizado ação civil pública para interditar a sede da associação devido a problemas relacionados às condições higiênico-sanitárias e administrativas do local. Caso a Associação não comprove as melhorias, poderá ser interditada, com a relocação das pessoas atendidas. A Associação Beneficente Resgate de Vidas, localizada em Porto Belo, visa a proporcionar tratamento para dependentes químicos.

Segundo os laudos da inspeção da Vigilância Sanitária, a associação apresentava diversas irregularidades, tais como instalações precárias, alimentos impróprios para consumo, pacotes de alimentos furados por ratos e ausência de portas nos banheiros, além de não respeitar as normas de acessibilidade.

A Promotora de Justiça Lenice Born da Silva, da 1ª Promotoria de Justiça de Porto Belo, também apurou que o local não possuía alvarás sanitário e de funcionamento e carecia de profissionais para fazer o acompanhamento dos internados, como médico, psiquiatra, assistente social e fisioterapeuta. Após constatadas as irregularidades, foram feitas diversas notificações para o administrador do local adequar o prédio de acordo com as normas vigentes, porém nenhuma medida foi tomada.

A Associação Beneficente Resgate de Vidas foi declarada pelo Estado de Santa Catarina e Município de Porto Belo como de utilidade pública, mas os Poderes Públicos Municipal e Estadual não realizavam o papel de fiscalizador do local.

Da decisão cabe recurso. (Autos n. 0900091-71.2015.8.24.0139)



Resultados em 2014

  • Foram realizadas 58 vistorias nas 170 comunidades terapêuticas existentes no Estado para averiguar as condições sanitárias e de segurança dos locais. As fiscalizações representam 34,12% do total de comunidades, onde se encontram mais de 720 pacientes;
  • O MPSC instaurou 29 procedimentos, visando à adequação às normas legais e administrativas nas comunidades terapêuticas que apresentaram irregularidades durantes as vistorias técnicas;
  • Dos 150 Conselhos Municipais Antidrogas, foi identificado que apenas 38 estão ativos.


Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC