Para "estabelecer diretrizes voltadas à melhoria de processos, ao estímulo ao desenvolvimento, à adoção de novas tecnologias, ao aprimoramento de práticas existentes e à difusão da cultura e das ferramentas de inovação", o Ato n. 420/2020/PGJ institui a Política de Inovação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
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Assinado pelo Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, o documento define as diretrizes que passam a orientar todos os setores e áreas da instituição e seus integrantes para a promoção da cultura e das experiências inovadoras, além de instaurar um modelo de inovação horizontal e vertical que deverá permear o Ministério Público catarinense.
No âmbito estratégico - eixo horizontal -, o ato institui o Comitê Estratégico de Inovação, que irá gerenciar o Movimento iMPulso (responsável pelo planejamento das ações de inovação do MPSC). Na esfera operacional - eixo vertical - fica definido o iMPulso LAB, laboratório de inovação dentro da estrutura do Setor de Ciência de Dados e Inovação, que será o responsável pelas áreas tecnológicas e regulatórias das experiências de inovação.
Na prática, as iniciativas de inovação poderão ser idealizadas e implantadas por todas as áreas do MPSC, sejam administrativas ou de execução, amparadas pelo Comitê Estratégico de Inovação e pelo iMPulso LAB.
Para o Coordenador do Núcleo de Inovação do Centro de Apoio Operacional Técnico do MPSC, responsável pelo Comitê Estratégico de Inovação, Promotor de Justiça Guilherme Zattar, o Ato n. 420/2020 que instituiu a Política de Inovação do MPSC, é "mais um passo para transformar o Ministério Público catarinense numa plataforma mais acessível para o alcance de direitos do cidadão".
O Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, destaca a importância de fazer da inovação uma forma de atuação e de trabalho do MPSC: "A política de inovação é uma autodeclaração de uma instituição que reconhece seu DNA inovador, presente desde os tempos pré-Constituição da República. A nossa missão é, dia após dia, pensar novas formas de relacionamento com a sociedade, novas formas de comunicação entre as instituições e de fazer entregas cada vez mais sintonizadas com aquele que está na ponta - o cidadão catarinense."
Durante os meses de março a junho, foi realizado o projeto-piloto INOVACAT, em parceria com as equipes do GesPro, do Laboratório de Inovação, com o objetivo de incentivar uma reflexão coletiva sobre os principais problemas que afligem o trabalho da equipe do CAT e o levantamento de possíveis soluções.O primeiro encontro foi realizado com a Coordenação do CAT e com a equipe do CAT Lab, presencialmente. Já com as Gerências de Análise Contábil e de Análise Multidisciplinar, foram realizados encontros virtuais, também com a presença da Coordenação do CAT. Nos encontros virtuais, aplicaram-se técnicas relacionadas à análise de contextos e de brainstorming, utilizando as funcionalidades colaborativas proporcionadas pela ferramenta MIRO.
A ideia dos encontros foi discutir os fluxos internos e processos de trabalho, verificar e contextualizar as demandas das gerências e, com base nisso, compreender o que pode ser melhorado. "O foco é a identificação de problemas e implementação de soluções pela própria equipe. Criar a cultura de 'inovar' na forma de trabalhar", explica o Coordenador do CAT, Márcio Conti Júnior.
Como resultado deste trabalho, foram identificados os principais problemas enfrentados pelo órgão auxiliar e as respectivas soluções de contorno. Algumas ações já estão sendo realizadas pela equipe do CAT para minimizar os impactos ou resolver os problemas levantados, notadamente a viabilização de alternativas para reduzir a fila de espera das solicitações de apoio encaminhadas ao órgão pelas Promotorias de Justiça."
A forma colaborativa de identificar os problemas e soluções proporcionou uma análise muito rica e abrangente. Sem a abordagem colaborativa, que considera os pontos de vista e sugestões de cada colaborador de forma interativa, talvez não tivéssemos chegado a identificar as soluções que foram apontadas pela equipe", relatou Karin M. Sohnlein, chefe do Escritório de Processos.
Essa foi a primeira iniciativa concluída pelo Laboratório de Inovação do MPSC: "Inovar na esfera pública é tentar tornar o serviço público mais eficiente, e para fazer isso é preciso melhorar processos, trazer novas abordagens e soluções para os problemas. A criação de um laboratório de inovação garante um espaço seguro para a experimentação dessas novas práticas e impulsionar ainda mais a inovação na instituição", afirma Rodrigo Figueiredo Brelinger, Gerente de Ciência de Dados.